Uma nova pesquisa eleitoral de intenção de votos a prefeito de Vitória da Conquista foi registrada na última quarta-feira(21). O estudo, realizado pela empresa REAL TIME BIG DATA GESTAO DE DADOS LTDA e com número de identificação BA-04565/2020, tem gerado questionamentos e especulações sobre quem teria encomendado a pesquisa. Esta é a terceira pesquisa registrada do município. As duas primeiras, a do Jornal A Tarde e do Hoje Comunicações Pesquisa e Jornalismo LTDA, mostrou o candidato Zé Raimundo Fontes (PT) a frente na corrida eleitoral e foi fortemente contestada por apoiadores e pelo próprio Herzem Gusmão (MDB), atual prefeito e candidato a reeleição.

Em entrevista ao Blog do Sena, o presidente do PT- Conquista, Isaac Bonfim, comentou sobre a polêmica da nova pesquisa e disparou dizendo que “é preciso perguntar ao prefeito se essa terceira pesquisa foi feita por ele, se foi encomendada por ele. Até porquê o questionamento das pesquisas anteriores vieram da campanha dele e não da nossa”, frisou. “Talvez o prefeito tenha aceitado o desafio que fizemos a ele há 20 dias atrás, de fazer a pesquisa dele, já que ele estava questionando a pesquisa do Jornal A Tarde”, completou.

Para Isaac “não cabe aos partidos políticos fazerem pesquisas para divulgação. “Nós do PT não fazemos pesquisa para divulgação. Nós estamos fazendo, obviamente, pesquisas internas, para consumo interno, com menor número de questionário, muito mais para acompanhamento da cidade, é algo natural nas campanhas”, pontuou. Ele demonstrou também tranquilidade em relação aos resultados na nova pesquisa. “Não estamos preocupados com pesquisas. Quem está preocupado é o prefeito. Nós estamos caminhando com o sentimento da cidade, já fizemos várias caravanas em bairros e na zona rural. Nossa campanha está sendo de proposição para Conquista”, completou.

Problemas metodológicos da nova pesquisa – Neste terceiro estudo de intenções de voto, apenas 5 dos 7 candidatos a prefeito aparecem como opção ao entrevistado. Ficando de fora da sondagem os candidatos Cabo Herlign do PSL e Romilson Filho do PP. Sobre a ausência dos nomes de dois candidatos, Isaac
diz que o partido não tem interesse em contestar a pesquisa. “A princípio não é do nosso interesse trabalhar dessa forma. Mas acho que cabe aos candidatos Herligng e Romilson fazerem isso”, disse.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) atualizou os dados e confirmou a candidatura de Romilson Filho (PP) a prefeito de Vitória da Conquista nesta sexta-feira (23).

O candidato estava com a candidatura indeferida por causa de uma multa eleitoral. Desde o início, o candidato afirmava que a multa tinha sido paga em dia.

Com a atualização do dados no site do TSE, o candidato concorre ao pleito normalmente, representando o chamado Grupo Independente, formado por seu partido o PP, pelo Solidariedade, PROS, PTC e Cidadania.

A recentemente, o sindicalista Zé Marcos, declarou abertamente seu apoio a reeleição de Herzem Gusmão (MDB) a prefeito. O fato gerou polêmica nas redes sociais e questionamento sobre a independência do Sindicato. Em entrevista ao Blog do Sena, Zé Marcos reforçou que tem o direito de apoiar quem quiser e que sua atuação sindical nunca se confundiu com questões políticas partidárias.

Ele frisou que sempre apoiou Hezem, tanto em suas candidaturas a deputado como a prefeito. “Quando ele saiu candidato a deputado estadual e federal eu apoie ele, prefeito duas vezes eu apoie ele, na eleição passada eu sai candidato a vereador com apoio dele. Assim como tem vários sindicalistas como tem vários sindicalistas apoiando outros candidatos, eu apoio Herzem Gusmão”, disparou. “Eu não sei porquê o pessoal levantou essa questão toda , o meu único erro foi estar vestindo uma camisa com o brasão do Sinserv”, esclareceu.

Zé Marcos destaca também que acima de questões partidárias está seu compromisso com o servidor. Ele relembrou que, no início da gestão, Herzem liderou manifestações contra o prefeito, assim como fez com outros gestores. “Em 2008, fui candidato a vereador pelo PCdoB, quando Guilherme Menezes era prefeito, e em 2009 eu fiz a maior greve de Vitória da Conquista. O meu papel dentro do sindicato e defender a categoria, agora a politica partidária é outra coisa, é de quatro em quatro anos”, disse. ” Assim como eu fiz uma greve no mandato Guilherme, eu fiz com Herzem. E se for preciso, vou fazer de novo”, frisou.