O ex-prefeito de Lafaiete Coutinho e atual deputado estadual Zé Cocá, por meio de nota à imprensa, se defendeu sobre as notícias da operação Three Hills, Polícia Federal, que sugerem o seu possível envolvimento com fraude em licitações e desvio de verbas públicas. Zé Cocá diz que nunca participou de nenhum esquema fraudulento e está a disposição da justiça.

As notícias sobre a Three Hills, que contou com informações da Polícia Federal, informaram que a operação cumpriria na manhã desta terça-feira (16), sete mandados de busca e apreensão em Lafaiete Coutinho e Salvador, e que uma denúncia apontava que uma empresa havia vencido todas as licitações para fornecimento de combustível para o município de Lafaiete Coutinho, no período de 2010 a 2016. Essa empresa seria de propriedade do então prefeito Zé Coca, mas estaria em nome de “laranjas”.

Defesa – Quanto a tais fatos, o deputado Zé Cocá ressalta que em mais de 10 anos na vida pública, sempre teve uma conduta ilibada, nunca participou de qualquer esquema fraudulento e também não praticou ato ilícito de desvio de recurso público. Informa ainda que confia na Justiça, e está à disposição para quaisquer esclarecimentos.

A crise do transporte coletivo é o principal assunto em todos os veículos de comunicação de Vitória da Conquista, e a atuação irregular das vans é o motivo mais apontado como causador da situação alarmante que o município enfrenta. Em coletiva de imprensa realizada ontem(15), a prefeitura afirmou que um estudo geral sobre o transporte da cidade irá apontar para a regulamentação ou não do transporte alternativo.

Segundo o Secretário de Mobilidade Urbana, Jackson Yoshiura, o Poder Executivo irá seguir a recomendação do Ministério Público, e apenas o quê for apontado como viável pelo estudo será regulamentado. “Se o estudo apontar para a não viabilidade do transporte alternativo em Vitória da Conquista, o município não irá regulamentar”, afirmou. Ele alega também que o transporte clandestino não é aceito e está sendo combatido pela prefeitura.

Além do estudo – Durante o editoral do Programa Redação Brasil, na Brasil FM, desta terça-feira (16), o radialista Deusdete Dias apontou a justificativa do secretário de esperar o estudo como “enrolação”. “Pelo amor de Deus, chega de enganar a gente!”, exclamou. “Já está no terceiro ano de mandato, daqui a pouco acaba e tudo é o estudo”, ironizou.

O radialista frisou que a regulamentação das vans é urgente. “Joga a culpa no estudo. Mas precisa resolver urgente. É preciso encarar a regulamentação das vans. Se não regulamentar não tem viabilidade econômica e fali o sistema”, cobrou.

No começo do seu Governo, Herzem Gusmão prometeu a liberação de 80 vans; atualmente cerca 600 veículos operam em Conquista e a prefeitura ainda não conseguiu regulamentar essa atuação. A ação clandestina disputa passageiros com os ônibus, fato que vem gerando prejuízos e instabilidade financeira ao sistema de transporte público.

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A vereadora pede que Herzem dê repostas à população

Durante a última sessão ordinária da Câmara Municipal de Vitória da Conquista (CMVC), realizada nesta segunda-feira(15), a vereadora Nildma Ribeiro (PCdoB) deu entrada em um requerimento solicitando a presença do prefeito Herzem Gusmão (MDB) e o secretário de mobilidade urbana à CMVC para prestar esclarecimento sobre a crise do transporte público.

“Convocamos o prefeito para dar uma resposta à população sobre o transporte público, um caos já instaurado”, disse Nildma

A vereadora aponta a liberação da circulação irregular das vans como principal motivo da crise do transporte: “O caos começou quando o prefeito liberou de forma ilegal as vans. E até o momento não fez regularização nenhuma em relação ao transporte alternativo”, disse.

Nildma questiona também a falta de licitação, mesmo após 10 meses da saída da Viação Vitória, para contração de uma nova Viação de ônibus para operar as linhas do lote 1.

Em entrevista exclusiva ao Blog do Sena, o vereador Gilmar Ferraz (MDB), da base do governo Herzem Gusmão, se posicionou em relação a crise do transporte público e a suspensão de 5 linhas de ônibus pela  Viação Cidade Verde. O vereador destaca as medidas da Prefeitura para não deixar a população desistida e acusa a empresa de ônibus de tentativa de golpe.

“O Prefeito está tomando todas as providências para que a população não fique no prejuízo, entendendo que o golpe que a Cidade Verde tentou dar no município foi tentando desgastar o governo e também prejudicar a população”, disse Gilmar.

O edil também comentou sobre a contração, em caráter especial, da Viação Novo Horizonte, no valor de R$ 810 mil, para atender as linhas deixadas pela Cidade Verde. Questionado sobre o alto custo da medida emergencial, afirma que não será um prejuízo para o município:

“Não é um prejuízo financeiro uma vez que está trazendo benefício à população. É um contrato de emergência que a Prefeitura tinha que fazer antes que a população tivesse um prejuízo maior”, afirmou.

Gilmar diz ainda que o valor de R$ 810 mil está dentro do orçamento do município. Ele acredita também que caso a Cidade Verde deixe as demais linhas do lote 1 (assumido de forma emergencial após falência da Viação Vitória), no dia 31 de maio, a prefeitura terá alternativas. “Ainda tem muita conversa pra acontecer e para que a gente encontre uma solução que seja para o benefício da população”, disse.