Pelo menos 26 mil doses vencidas da vacina contra Covid-19 do laboratório AstraZeneca foram aplicadas no Brasil, segundo reportagem publicada no site do jornal Folha de S.Paulo nesta sexta-feira (2).
Segundo a Folha, as vacinas vencidas seriam provenientes de lotes importados da Índia pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) ou adquiridos por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).
Os dados foram obtidos a partir de registros oficiais do Ministério da Saúde. Até o dia 19 de junho, os imunizantes com o prazo de validade expirado haviam sido distribuídos para 23 estados e utilizadas em 1.532 municípios brasileiros.
A Bahia é um dos estados que recebeu doses vencidas da vacina e Salvador aparece como a quinta cidade que mais realizou a aplicação dos imunizantes, ao todo foram 824.
Além da capital, outros 113 municípios baianos também receberam esses lotes vencidos e aplicaram. Vitória da Conquista faz parte desta lista com 76 doses. No ranking geral, a cidade ocupa a 45º posição. No entanto, a Sceretaria Municipal de Saúde ainda não se pronunciou sobre o assunto.

Segundo a Folha, outras 114 mil doses da vacina AstraZeneca foram distribuídas pelo Ministério da Saúde aos Estados e municípios com prazo de validade vencido, embora não seja possível saber se elas foram aplicadas.
Ainda de acordo com a Folha, a maioria (70%) das doses aplicadas depois da validade é de um mesmo lote do Instituto Serum, identificado como “4120Z005”. O bloco venceu em 14 de abril, mas continuou sendo aplicado depois dessa data pelo país. AstraZeneca é a vacina mais usada no Brasil e responde por 57% das doses aplicadas neste ano.
Saiba como saber e o que fazer caso tenha tomado a vacina vencida
O lote pode ser conferido na carteira individual de vacinação. Quem tiver recebido uma dose de um desses oito lotes de AstraZeneca após a data de validade deve procurar uma unidade de saúde para orientações e acompanhamento.
De acordo com o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra Covid-19, quem tomou imunizante vencido precisa se revacinar pelo menos 28 dias depois de ter recebido a dose administrada equivocadamente, uma vez que considera-se que a pessoa não foi vacinada, segundo a Folha.
