Em reunião na tarde desta segunda-feira (10), o Comitê de Gestão para o enfrentamento da Covid-19 avaliou o quadro da doença no município e considera a possibilidade de fazer retornar algumas das restrições relacionados ao funcionamento de bares e restaurantes e à presença de público em eventos de qualquer natureza.
Pelos dados atuais o município vem registrando um aumento na taxa de contaminação, que, na semana epidemiológica encerrada no dia 8, chegou a 2.1, a maior desde a última semana de outubro, quando esteve em 3.39. Também está sendo considerada a média diária de casos confirmados, que bateu em 94.29, mais alta desde a semana de 13 a 19 de junho do ano passado, que foi de 109.43.
A avaliação será informada à prefeita Sheila Lemos na manhã desta terça-feira (11).
“Os números preocupam e a nossa intenção é atuar de forma eficaz para não permitir que a Covid-19 retorne aos índices do ano passado. O que mais importa é podermos salvar vidas e não permitir que a Covid-19 avance”, explicou o coordenador do comitê, Kairan Rocha.
Índices
Embora os números de internação nos leitos de UTI destinados à Covid-19 estejam bem abaixo dos registrados no ano passado, mesmo considerando a diminuição dos leitos em 58,5% (no momento mais agudo da pandemia eram 70 leitos de UTI disponíveis pelo SUS), o Comitê de Gestão considera o momento delicado. A média semanal de pacientes de Vitória da Conquista em UTI é de 8.71, maior registrada depois da semana epidemiológica de 22 a 28 de agosto de 2021, quando 14 moradores do município estavam internados.
A secretária municipal de Saúde, Ramona Cerqueira, ressalta que nem todos os pacientes estão com Covid-19, alguns estão com síndrome gripal, podendo ser Influenza, mas, como os testes realizados dependem do resultado do Laboratório Central da Bahia, em Salvador, e levam de 7 a 10 dias para chegarem, não há como deixar de internar. Ela lembra que a Prefeitura estruturou o Centro Covid para se transformar em um gripário, sendo possível realizar os testes e reduzir a pressão sobre o Hospital Geral de Vitória da Conquista (HGVC) e a UPA, que, como acontece também com as unidades de saúde do município, estão com sobrecarga devido ao surto de gripe.
“O momento exige um cuidado especial, porque temos variantes da Covid-19 circulando, em especial a Ômicron, que tem uma contaminação rápida, e ainda um surto de Síndrome Gripal, que pode incluir a H3N2, que pode confundir as pessoas, além de torná-las mais vulneráveis ao SARS-CoV-2 [síndrome respiratória aguda grave que causa a Covid-19]. Por isso nossa preocupação e ações de prevenção e combate”, esclarece Ramona.