Muitos pais  e responsáveis estão enfrentando dificuldades para matricular os filhos nas escolas da rede municipal de ensino, em Vitória da Conquista. Na Escola Milton de Almeida Ribeiro, no bairro Patagônia, por exemplo, muitos pais não conseguiram as vagas. 

Em uma reportagem exibida pela TV Uesb, os pais relataram que precisaram passar o final de semana na fila para conseguir uma vaga para os filhos. Em entrevista à emissora, o motorista Eurípes Barros disse que precisou conversar com a esposa na fila para conseguir a ficha para matricular os filhos. “Estou com medo de perder a vaga, eu mesmo faço tudo por meus filhos”, disse o trabalhador. 

A fila na frente da escola chegou a ocupar toda a extensão do muro do colégio na segunda-feira (24).  A unidade escolar oferece vagas para o ensino fundamental II e para a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Para o EJA, só havia vagas para o turno noturno o que causou revolta. “Isso não existe não! Como é que você abre tantas vagas à noite para menino de 15 anos? Ainda mais a gente que mora longe”, disse Viviane Souza, Camareira. 

Os pais e responsáveis também questionaram o número de vagas e relataram que eram poucas vagas. Para o sétimo ano, por exemplo, eram apenas 3 vagas e muita gente voltou para casa sem conseguir realizar a matrícula. Os pais foram orientados a procurar vagas em outras unidades escolares.

De acordo com o secretário de educação do município, Edgar Larry, mais de 51 mil vagas estão disponíveis em toda rede. Sobre a ampliação de vagas, afirmou que é necessário a realização de estudos. “Nós estamos buscando recepcionar um quantitativo de vagas onde  a gente possa ter as condições adequadas, disponíveis a esses alunos em várias situações que vai desde a estrutura física da escola, ao quantitativo de professores, a uma série de elementos que interferem . A vontade, o esforço do município é muito grande em estar acolhendo a todos, mas a gente precisa ter a responsabilidade, o cuidado de fazer as de forma planejada”, esclareceu o secretário. 

Veja a seguir a reportagem do jornalista Gabriel Pires na íntegra:

Todo ano uma cena se repete na porta das unidades públicas de ensino em Vitória da Conquista: as longas filas e o verdadeiro acampamento de pais e responsáveis nas portas das escolas em busca de vaga. Na última semana, o Blog do Sena noticiou a situação de uma escola da rede municipal de ensino no bairro Patagônia, onde os pais formaram uma fila quilométrica dois dias antes do dia previsto para a abertura da matricula. 

Nesta terça-feira (25), foi a vez de pais e responsáveis de alunos das escolas da rede estadual de ensino entrarem na batalha por uma vaga. O Blog do Sena esteve na porta do Colégio Camilo de Jesus Lima, no bairro Kadija, onde a fila dobrava o quarteirão.

Equipados com cadeiras, sombrinhas e itens para passar a noite, os pais enfrentaram o temporal, com direito a raios e trovoadas que caiu nesta tarde sem deixar o local.

Conforme apurou nossa equipe, a maior demanda é por vagas no 1º ano de Ensino Médio. As matriculas em toda rede estadual só começam amanhã (26), mas os pais foram para a porta do colégio logo no começo da manhã, com receio de não conseguir matricular os filhos.

Para amenizar a espera desgastante, eles pedem que o Núcleo Territorial de Educação (NTE-20) distribua senhas. Como não houve qualquer sinalização de que a solicitação seria atendida, eles prometem dormir na fila.

Homens, mulheres e até crianças estavam na fila para marcar o lugar. Sem qualquer cobertura, as pessoas vão se proteger como der até amanhã. A má notícia é que vem mais chuva por aí, o que vai aumentar o desconforto. 

Choveu por menos de uma hora em Vitória da Conquista na tarde desta terça-feira (25), no entanto, o balanço dos estragos provocados na cidade é catastrófico.

O volume de chuva,  que veio acompanhado de ventos fortes, raios e trovoadas, foi suficiente para deixar vários pontos da cidade debaixo d’água, como aconteceu na Avenida Ascendino Melo, onde carros e motos foram arrastados pela enxurrada. Em outros pontos do Centro, como na Rua 10 de Novembro e na Avenida Bartolomeu de Gusmão as vias ficaram cobertas pela água, dificultando até mesmo a passagem de carros.

Na Central de Equipamentos (Deserg) o muro caiu e parte do telhado foi levado.

Situação semelhante foi vista em uma casa nas imediações do Estádio Lomanto Júnior, onde parte do telhado foi levado.

O grande susto ficou por conta do desabamento da placa com o letreiro do Hipermercado Big Bompreço. A estrutura de metal saiu sobre parte do telhado externo. Por sorte, ninguém ficou ferido.