Com o recuo da pandemia da Covid-19 e a retomada do convívio escolar em tempo integral, os vírus da infância voltaram a circular com mais frequência. Neste momento, o risco de dispersão do sarampo está elevado, principalmente, devido às baixas coberturas vacinais de rotina, pois as campanhas foram interrompidas por conta das restrições impostas pela pandemia.

Em Vitória da Conquista, a Vigilância Epidemiológica (Viep) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), registrou, neste ano, 11 casos suspeitos de sarampo, dos quais nove foram descartados e dois ainda estão em investigação laboratorial. Por isso, a Viep emitiu um alerta para as unidades de saúde e tem reforçado a recomendação para que os profissionais de saúde e a população estejam em total alerta para qualquer caso suspeito de doença exantemática febril, relacionadas à erupções na pele.

O sarampo é uma doença altamente contagiosa causada pelo vírus chamado Morbillivirus, que pode ser muito perigosa e letal, principalmente para as crianças. A doença se dissemina pelo ar e a transmissão ocorre de uma pessoa para outra, por meio das secreções do nariz e da boca expelidas ao tossir, respirar, falar ou respirar.

Se a pessoa, independente da idade ou de estar vacinada ou não, apresentar febre e manchas de coloração rósea salientes sobre a pele, acompanhadas de sintomas como tosse, coriza, conjuntivite, pequenos pontos brancos dentro da boca, deve procurar atendimento médico para avaliação clínica e solicitar os exames laboratoriais para diagnóstico.

A única proteção eficaz contra o sarampo é a vacinação, para interromper a cadeia de transmissão do vírus e erradicar a doença. Em 2021, a cobertura vacinal contra a doença no município foi de 63,29%. Neste ano, a cobertura está em 10,71% e o objetivo é melhorar esse percentual com a Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo está em curso no município, vacinando todas as crianças de seis meses a menores de seis anos, e profissionais de saúde ativos com até 59 anos.

A vacinação desses dois grupos é indiscriminada, ou seja, todos eles, sem exceção, devem ser vacinados nas unidades de saúde contra o saramp

O descarte de resíduos sólidos a céu aberto é um problema de toda cidade brasileira. Um dos mais comuns, é o descarte de restos de materiais de construção. Em Vitória da Conquista, entulho resultante da construção civil vem sendo depositado em locais inadequados. 

Como o Blog do Sena vem denunciando, vários são os lugares preferidos escolhidos por moradores e até por empresas da construção civil para realizar o descarte irregular. Além de vias localizadas em bairros próximos ao Anel Viário, como é o caso de ruas no bairro Alto do Candeias, uma área que pertence a Prefeitura de Vitória da Conquista, localizada na Avenida Vladimir Herzog, no bairro Vila América, também vem sendo constantemente utilizada para o descarte irregular de entulhos. 

Além disso, em Conquista, havia duas áreas classificadas pelo decreto municipal 12.431, de 1º de agosto de 2007, como possíveis locais de descarte regular de resíduos sólidos da construção civil. Uma era próxima ao Condomínio Alphaville, localizado na Estrada da Barra do Choça, e outra na saída de Anagé, próximo ao Cemitério Municipal Campo da paz. Mas, desde fevereiro deste ano, a Prefeitura proibiu descarte nesses locais, por meio do Decreto 21.722, alegando que o entulho estava causando danos ao meio ambiente. 

Apesar da proibição e da Prefeitura afirmar que existe fiscalização, os entulho da construção civil ainda continuam sendo descartados de maneira irregular , descumprindo decreto municipal e ainda causando sérios prejuízos para o meio ambiente. Pensando em melhorar essa realidade, o Grupo Ladeia, empresa de Gestão e Consultoria em Resíduos, com sede em Vitória da Conquista, trouxe a primeira Usina de Reciclagem de Resíduos da Construção Civil do interior da Bahia. Desde maio de 2021, a usina de reciclagem funciona no município. 

O objetivo é apresentar soluções às mais de 10 mil toneladas de resíduos gerados, por mês, na Construção Civil da cidade, dentre eles tijolos, blocos cerâmicos, forros, argamassa, telhas e concretos em geral. Em entrevista ao Blog do Sena, Venâncio Ladeia, diretor da empresa, explicou como funciona a reciclagem do entulho. 

“A gente recebe o material, o entulho, que vai ser destinado de forma incorreta hoje em dia, descartado em qualquer local, e a gente faz um tratamento dele. A partir da segregação, tira o que não pode ser para o que pode ser reciclável. E após essa primeira segregação, colocamos na nossa máquina”, disse Ladeia. 

Após esse primeiro processo, o material separado vai direto para uma máquina. E no equipamento que o entulho será transformado novamente em matéria prima para a construção civil. “Essa máquina vai fazer a britagem. Então ela vai transformar o que era concreto, o que era resíduo, o que era algo descartado, em algo novo. Ela vai tornar matéria prima para a própria construção civil”, explicou Ladeia. 

Dessa forma, todo o entulho da construção civil tem destino certo, não causa impactos no meio ambiente  e nem causa transtornos para o ser humano. Apesar do custo que existe para deixar o material na área para ser reciclado, que é licenciado, os benefícios são muitos. “Existe um custo. Mas, se você for colocar no custo de obra, é um custo mínimo. Até porque quando a pessoa descarta, ele pode aproveitar e adquirir agregado. Então, é um custo de cerca de 20 reais o metro cúbico. A partir de 5 metros cúbicos a pessoa paga 100 reais”, explicou. 

veja a seguir a entrevista na íntegra: