A vereadora pede que Herzem dê repostas à população

Durante a última sessão ordinária da Câmara Municipal de Vitória da Conquista (CMVC), realizada nesta segunda-feira(15), a vereadora Nildma Ribeiro (PCdoB) deu entrada em um requerimento solicitando a presença do prefeito Herzem Gusmão (MDB) e o secretário de mobilidade urbana à CMVC para prestar esclarecimento sobre a crise do transporte público.

“Convocamos o prefeito para dar uma resposta à população sobre o transporte público, um caos já instaurado”, disse Nildma

A vereadora aponta a liberação da circulação irregular das vans como principal motivo da crise do transporte: “O caos começou quando o prefeito liberou de forma ilegal as vans. E até o momento não fez regularização nenhuma em relação ao transporte alternativo”, disse.

Nildma questiona também a falta de licitação, mesmo após 10 meses da saída da Viação Vitória, para contração de uma nova Viação de ônibus para operar as linhas do lote 1.

Em entrevista exclusiva ao Blog do Sena, o vereador Gilmar Ferraz (MDB), da base do governo Herzem Gusmão, se posicionou em relação a crise do transporte público e a suspensão de 5 linhas de ônibus pela  Viação Cidade Verde. O vereador destaca as medidas da Prefeitura para não deixar a população desistida e acusa a empresa de ônibus de tentativa de golpe.

“O Prefeito está tomando todas as providências para que a população não fique no prejuízo, entendendo que o golpe que a Cidade Verde tentou dar no município foi tentando desgastar o governo e também prejudicar a população”, disse Gilmar.

O edil também comentou sobre a contração, em caráter especial, da Viação Novo Horizonte, no valor de R$ 810 mil, para atender as linhas deixadas pela Cidade Verde. Questionado sobre o alto custo da medida emergencial, afirma que não será um prejuízo para o município:

“Não é um prejuízo financeiro uma vez que está trazendo benefício à população. É um contrato de emergência que a Prefeitura tinha que fazer antes que a população tivesse um prejuízo maior”, afirmou.

Gilmar diz ainda que o valor de R$ 810 mil está dentro do orçamento do município. Ele acredita também que caso a Cidade Verde deixe as demais linhas do lote 1 (assumido de forma emergencial após falência da Viação Vitória), no dia 31 de maio, a prefeitura terá alternativas. “Ainda tem muita conversa pra acontecer e para que a gente encontre uma solução que seja para o benefício da população”, disse.

Em entrevista exclusiva para o Blog do Sena, o ex-prefeito de Guanambi e atual deputado federal pelo PSD, Charles Fernandes, falou sobre os seus 100 primeiros dias de mandato no Congresso Federal e comentou sobre pendências judiciais. O deputado afirma que os processos contra ele são perseguições políticas e acredita que a Justiça irá provar isso. Ele também se mostrou confiante na reeleição de Jairo Magalhães (PSB), seu sucessor na prefeitura de Guanambi.

Em defesa de Guanambi e região – Charles apontou seus primeiros 100 dias enquanto deputado federal como grande aprendizado. Ele afirma que está conquistando o seu espaço no Congresso e buscando participar ativamente de Comissões e decisões importantes para o Brasil. “ Estou participando não só da Comissão de Minas Energia, mas também da Comissão de desenvolvimento Urbano e de Agricultura”, disse. “ Estou procurando fazer o que o povo de Guanambi e região espera do seu deputado federal”, afirmou.

O parlamentar conta também que está fazendo o enfrentamento ao presidente Bolsonaro (PSL) e à reforma da previdência. “Estamos enfrentando um governo que está decepcionando a todos nós porque não tem direção nem rumo”, comentou. “Não queremos que a reforma da previdência aconteça dessa forma. Não iremos aceitar que tire os direitos dos trabalhadores rurais e mexa com o benefício de prestação continuada”, se posicionou.

Perseguição política – O deputado atribuiu os processos na justiça à perseguição do grupo opositor na cidade de Guanambi. “Não estamos sendo condenados por improbidade administrativa, nem falcatrua ou desvio de dinheiro público. E sim por abuso do poder político nas eleições de 2016 em Guanambi”, esclareceu. “Mas vamos provar que isso é perseguição política de um grupo que dominou a cidade por muito tempo e não aceitou essa derrota em 2016”, afirmou

Charles reforçou que o seu mandato e do prefeito Jairo são legítimos. “Querem tirar o direito de quem o povo escolheu para representar Guanambi. Mas confio na justiça e vamos provar que isso é perseguição politica”, frisou.

Eleições 2020 – Charles confia também na reeleição do Jairo Magalhães. “Ele, junto com o nosso grupo, tem tudo para continuar na prefeitura porque tem feito um bom trabalho”, destacou.

Ausência de Herzem e protestos marcam coletiva sobre crise do transporte coletivo

Na manhã desta segunda-feira(15), a Prefeitura de Vitória da Conquista realizou uma coletiva de imprensa para falar sobre a crise do transporte público. Os secretários de Mobilidade Urbana, Jackson Apolinário Yoshiura, e de Administração, Kairan Rocha Figueiredo, frisaram a agilidade do Poder Executivo em contratar, em caráter especial, a Novo Horizonte para assumir as cinco linhas abandonadas pela Cidade Verde, mas não apresentaram como irão proceder a longo prazo em relação as demais linhas do lote 1 (assumido de forma emergencial pela Cidade Verde após falência da Viação Vitória).

Em comunicado oficial, a Cidade Verde informou à prefeitura que, caso não seja fiscalizado ou/regulamentado a atuação clandestina das vans, irá suspender outras 17 linhas do lote 1, no dia 31 de maio. O Blog do Sena, esteve presente na coletiva e questionou aos secretários sobre os prazos para nova licitação do referido lote. Novamente, as respostas foram no sentido de medidas emergenciais.

O secretário de administração, Kairan Figueiredo, frisou que o prazo do dia 31 de maio foi estipulado pela Cidade Verde, e não pela prefeitura. “Em nenhum momento o município sinalizou que no dia 31 de maio era o momento que o contrato encerra ou a empresa tem que abandonar as linhas”, disse.

Kairan, não falou sobre nova licitação e seguiu destacando que o Poder Executivo terá medidas alternativas caso a Viação cumpra a promessa. “Se a Cidade Verde decidir pela opção de abandonar o lote emergencial, teremos sim alternativas. Nós buscaremos a melhor alternativa, menos custosa e mais viável”, afirmou. “Mas se for preciso, como agora, assumiremos a responsabilidade e o que garantimos é que a população não ficará sem transporte”, reforçou.

Leia também: Contrato entre o Município de Vitória da Conquista e a Novo Horizonte é de R$ 810 mil

Nesta segunda-feira (15), a votação um projeto de lei completar, de autoria do poder executivo, na Câmara Municipal de Vitória da Conquista, gerou princípio de discussão entre o presidente da Casa, Luciano Gomes (PR), e o vereador David Salomão (PRTB). Entre as farpas trocadas, Salomão levantou a voz e disse: “Você não manda aqui!”, e Luciano retrucou: “Nem você!”.

A confusão começou quando o presidente da Câmara abriu para discussão o projeto de lei completar nº 001/2017, de autoria do Poder Executivo. Salomão fez o pedido de vista ao projeto. No entanto, logo em seguida, Luciano pediu desculpa informando que o projeto não estava mais em discussão e abriu votação.

Exaltado, David Salomão passou a questionar: “Não vai abrir pro plenário?”. Em resposta, Luciano reforçou: “Não. Já teve todas as discussões, é redação final”. Salomão se levantou e continuar pedir vista ao projeto. O presidente passou a disparar: “Quem decide é a Mesa! (…) Não vai abrir pra discussão porque você não manda nos vereadores e nem na lei. Você que fala tanto sobre as leis, cumpra!”, frisou.

Sem ser captado pelos microfones, Salomão gritava afirmando que os projetos importantes para o município não entravam em pauta, mas os projetos do executivo tinham prioridade. O presidente prosseguiu com as votações sem dar ouvidos ao colega que continuava contestando a decisão.

2º round – Ao final das votações, Salomão pediu novamente a fala e o bate- boca continuou:

“Quero que conste em ata que o meu pedido de vista foi negado. Projeto do Executivo tem tido andamento conforme o regimento, mas projeto com da polícia do município e da Embasa, da minha autoria, não vem pra votação”, disse Salomão, afirmando que irá tomar as medidas legais cabíveis. “Aqui não tem patrão. Todos os vereadores tem autonomia para representar o povo”, completou.

Luciano esclareceu que todos os projetos da Câmara estão sendo encaminhados dentro do prazo, e acusou o colega de não ter feito o mesmo quando era presidente da Comissão de Justiça, Legislação e Redação Final. “Muito ao contrário do que fazia David Salomão quando era presidente da Comissão, que só dava parecer para os projetos dele, e era contrário aos projetos dos outros vereadores”, disparou.(…) “Só é ilegal quando não é dele”.

Ainda em tom de discussão, Salomão gritou: “Você não manda aqui!”, e foi retrucado rapidamente pelo presidente da Casa: “E nem você!”

Para evitar maiores discussões, Luciano declarou encerrada a sessão.