A pedido prefeita Sheila Lemos, a Associação dos Silvicultores do Sudoeste da Bahia (Assosil) apresentou, na tarde desta segunda-feira (13), a proposta de implantação de um polo moveleiro em Vitória da Conquista. O estudo da Assossil demostra a viabilidade econômica do cultivo de eucalipto em larga escala e o seu uso na produção de móveis.

Em abril, a prefeita levou à ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, dados que mostram o potencial da região e o interesse do município em entrar no setor de indústria moveleira. Na época, a ministra sugeriu o ingresso na Câmara Setorial de Florestas Plantadas, o que foi acatado por Vitória da Conquista.

“Precisamos desenvolver uma economia nestas áreas degradas e acreditamos que as florestas plantadas de eucalipto vão ser uma solução para toda a região desde Poções até Encruzilhada”, afirmou Sheila. A gestora disse que o próximo passo, após o levantamento dos estudos sobre a cultura do eucalipto, será o ajuste do projeto apresentado hoje.

“Este ano de 2021 foi todo mundo trabalhando muito para que conseguíssemos juntar todo esse rico material para apresentarmos ao setor moveleiro que Vitória da Conquista é sim um lugar promissor para este tipo de indústria. Queremos lançar o projeto nos primeiros meses do próximo ano”, anunciou a prefeita.

Ao apresentar o projeto, o presidente da Assosil, Alber Rezende, falou da satisfação e realização por atender ao pleito da prefeita. “A gente acredita que esse material será o primeiro passo para gente captar novos investimentos para nossa região com aumenta de emprego e renda. A visão empresarial da prefeita vai nos ajudar muito, pois ela já deu sugestões de como trabalhar e isso deixou a gente muito feliz. Acreditamos muito no sucesso e na importância da cultura do eucalipto para o desenvolvimento sustentável da nossa região”, compartilhou Alber, que agradeceu também ao empenho do secretário de Desenvolvimento Econômico, Marcos Ferreira.

Reflorestamento – Durante a apresentação, foi abordada a versatilidade do eucalipto, que pode gerar bioenergia, celulose, movéis, pisos laminados, além de ter uma produção responsável ao “sequestrar” mais carbono do que produz.

A Bahia está em sexto lugar em volume de floresta e Vitória da Conquista e seis municípios próximos têm terra adequada para plantação de eucalipto com temperatura e relevo ideais e área já utilizada para outras culturas, realizando assim o reflorestamento.

Estiveram presentes à reunião o secretário chefe do Gabinete Civil, Lucas Dias, o assessor especial Marcelo Melo e associados da Assosil.

As chuvas que caíram na última semana em Vitória da Conquista provocou muitos transtornos a moradores de vários bairros. Na Lagoa das Flores, o nível da água assustou a comunidade, além disso casas foram alagadas e famílias ficaram desabrigadas.

Na tentativa conseguir a atenção do poder público e a implementação de melhorias para o local, os moradores bloquearam parte da pista da BR-116, incendiando pneus.

A tarde desta segunda-feira (13) foi de mais protestos dos moradores dessa vez na porta da Prefeitura. O Blog do Sena esteve no local e conversou com os moradores. Ainda nesta tarde eles conseguiram falar com a prefeita Sheila Lemos, no entanto, nem todas as reivindicações foram atendidas.

”Estamos com a região totalmente alagadas, alguns pontos não é possível trafegar. Trouxemos as reivindicações, algumas a prefeita deixou claro que não tem verba para suprir. Amanhã teremos a visita do Semdes (Secretaria de Desenvolvimento Social) para tentar resolver o problema das famílias que estão desabrigadas. Ao todo são 12 famílias desabrigadas, que estão vivendo na casa de amigos e parentes”, explicou Betânia Nolasco, que é representante dos moradores.

A situação do bairro ficou tão crítica, que os moradores contratam um tratado para abrir caminho em alguns locais do bairro para que carros e pessoas pudessem circular. Para piorar, os problemas não são apenas com a Prefeitura, mas também com a Via Bia, concessionária que administra a BR, um dos acessos para o bairro. Contudo, a empresa não compareceu à reunião e também não apresentou qualquer medida que será tomada para resolver o problema de alagamentos nos acessos.

Os moradores querem tantos o escoamento da água quanto uma solução definitiva para o problema, que seria a construção de uma rede de drenagem e também a pavimentação do bairro. “São demandas de curto, médio e longo prazo. A curto prazo nós temos a preocupação com as famílias que estão desabrigadas, isso começa a ser resolvido amanhã. A médio prazo começa o escoamento da água, o escoamento só pode ser feito quando as chuvas cessarem, então, assim que o tempo estiver mais fiel, segundo as promessas da prefeita, o escoamento será feito. A longo prazo, claro que a gente quer a drenagem e a pavimentação do bairro”, reivindicou.