Durante o protesto realizado ontem(27) por servidores dos Postos de Saúde da Família (PSF) de Vitória da Conquista, a diretora regional do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias (Sindacs), Rita Suzana, disse em entrevista concedida ao Blog do Sena que, apesar do adicional de insalubridade ser a principal pauta da categoria, os servidores da saúde também têm enfrentado problemas quanto ao fornecimento de máscaras e demais Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Ela destacou ainda as especificidades do cotidiano de trabalho dos agentes comunitários.
“O agente comunitário não é igual aos outros profissionais que saem do seu ambiente de trabalho e vão para casa. Ele é abordado a todo momento. Ele não pode dizer para um morador: ‘se afaste de mim, que eu não sei se você está com covid-19’. Ele vai ter que atender a esse morador”, explicou. Para Rita, não é preciso fazer um laudo técnico, portanto, para que se entenda que os profissionais da atenção básica estão constantemente expostos ao risco de contágio e devem receber o teto máximo do adicional de insalubridade.
[Vídeo] Servidora da saúde se emociona ao discursar em protesto pelo adicional de insalubridade
“Nossos profissionais da saúde estão expondo suas vidas e suas famílias aos riscos do coronavírus. Ninguém aqui se recusou a trabalhar, a estar no enfrentamento ao coronavírus. A gente quer reconhecimento. O que for para uma parte dos profissionais que estão trabalhando no combate à covid-19 tem que ser para todos”, concluiu.
Saiba sobre o assunto em:Servidores da saúde realizam protesto em frente à Prefeitura de Conquista
