Equipes da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Itanhaém, no litoral de São Paulo, prenderam duas mulheres que vendiam ‘terrenos fantasmas’ na cidade. Segundo a polícia, elas chegaram a usar uma criança autista na intenção de sensibilizar as vítimas para facilitar o crime e ficaram conhecidas na região como ‘musas do estelionato’. Em um dos casos, ambas chegaram a extorquir mais de R$ 50 mil em uma única venda.
Maria Celene Luiz dos Santos, e Letícia Donner Brandão, foram localizadas, segundo informações divulgadas pela polícia neste domingo (11), quando investigadores da DIG cumpriram mandado de prisão expedido contra as duas, que já tinham passagens pela polícia e ainda respondem outros processos por estelionato.
Um dos crimes originou a denúncia acatada pelo Ministério Público do Estado (MP-SP). As duas agiram juntas: enquanto Letícia apresentava-se como corretora de imóveis, anunciando lotes de terrenos nas redes sociais, Maria Celene fingia ser a dona do imóvel, justificando vendê-lo por um menor preço para arcar com as custas do tratamento de saúde do marido.
De acordo com a polícia, nenhuma levantou suspeita. Elas forjaram um contrato particular de compra e venda para dar veracidade às ações. Letícia assinou como testemunha e reconheceu firma em cartório, ao lado de um comparsa, e Maria Celene assinou como vendedora. Só neste, R$ 20 mil foram recebidos como sinal.