Autoridades confirmam a morte de Jennyfer Karem da Silva Monteiro, uma das vítimas atacadas pelo adolescente de 17 anos, o “maníaco de Marituba”, que estava internada no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua, na região metropolitana de Belém.
A família de Jennyfer disse que recebeu a confirmação da morte da jovem na noite desta quarta. Jennyfer foi atacada após ter sido enganada pelo suspeito que, usando um perfil feminino falso em rede social, contratou a vítima para serviços estéticos em domicílio. A jovem foi encontrada com sinais de estupro e espancamento no sábado (11).
Os crimes
Até o momento, a polícia registrou dez casos de mulheres que foram atraídas pela falsa promessa de emprego, agredidas e violentadas. Jennyfer Karem é a segunda vítima com morte confirmada. A primeira morta foi Samara Duarte Mescouto que estava desaparecida desde no dia 10 de janeiro. O corpo foi encontrado na noite de domingo (12). No crime, segundo a polícia, o adolescente contou com ajuda de um comparsa, um homem de 20 anos. As vítimas eram escolhidas pelas redes sociais.
Segundo o Ministério Público do Pará (MPPA), em depoimento, o jovem confessou participação na morte de Samara e disse que escolhia as vítimas nas redes sociais, geralmente mulheres que prestavam serviços de estética com atendimento domiciliar. Após saírem para trabalhar, as vítimas não retornavam para casa. Um dos pontos de encontro era um posto de gasolina localizado na rodovia BR-316.
“Ele usava um perfil feminino em uma rede social para atrair as vítimas e marcava com elas para prestar o serviço. Ao chegar no ponto de encontro as vítimas recebiam uma ligação dizendo que o marido da pessoa que pediu o serviço ia buscá-las. Nesse momento o suspeito levava as vítimas para uma área de mata onde o estupro acontecia”, explica o delegado geral, Alberto Teixeira.
Investigação
De acordo com a Polícia Civil, os depoimentos indicam que apenas em um dos crimes houve a participação do homem adulto. Nos outros casos, o adolescente teria agido sozinho. Ainda segundo a Polícia, nos casos em que houve apenas a participação do adolescente, será aberto um processo de investigação na Delegacia do Adolescente. No outro caso, será aberto um inquérito policial.
Segundo a Polícia, antes dos crimes, o adolescente chegou a ficar 12 dias custodiado na Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará (Fasepa), acusado de furtar uma bicicleta em Ananindeua. Assim que foi liberado, ele começou a cometer os crimes.
“O adolescente infrator ele não é regido pelo código penal, ele é regido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Ele poderá pegar até três anos de medida socioeducativa. É importante dizer que essa medida visa reeducar o menor, integrar essa pessoa por meio do diálogo, da família, do Ministério Público”, disse o delegado Antônio Duarte.