Ao lado do presidente Jair Bolsonaro (PSL), o ministro da Educação, Abraham Weintraub, usou bombons para explicar o corte do orçamento das universidades federais do país, anunciado no fim de abril.
Weintraub levou quatro caixas com 25 chocolates cada uma para representar o orçamento das instituições de ensino brasileiras.
“A gente está pedindo simplesmente que, 3 chocolatinhos, desses 100 chocolates, 3 chocolatinhos e meio… Deixa eu só cortar aqui, presidente. 3 chocolatinhos e meio. Esses 3 chocolatinhos e meio a gente não está falando para a pessoa que vai cortar. Não está cortado. Deixa para comer depois de setembro. É só isso que a gente tá pedindo. Isso é segurar um pouco”, explicou, em transmissão ao vivo nas redes sociais.
A declaração de Weintraub causou reações de usuários que consideraram que ele errou na porcentagem ao confundir 30% com 3%.
No entanto, a assessoria do Ministério da Educação enviou nota ao UOL explicando o raciocínio. O congelamento de 30% da verba das universidades se refere ao orçamento que pode ser congelado ou cortado – as chamadas verbas “não discricionárias”, usadas para gastos com água e luz. Estas despesas são 13,8% do orçamento total das universidades – e é 30% deste valor que está bloqueado. Sendo assim, o valor bloqueado, portanto, equivale a 3,4% do orçamento total das universidades neste ano – que chega a R$ 49,6 bilhões.
A pasta também discorda do uso do termo “corte” em relação ao orçamento das universidades e usa “contingenciamento”.