A juíza Joana Ribeiro Zimmer, que induziu uma menina de 11 anos vítima de estupro a desistir de um aborto legal, deixou o caso. Por decisão da Justiça de Santa Catarina, a criança foi mantida em um abrigo para evitar que realizasse o procedimento. A informação foi revelada pela própria magistrada.
O afastamento ocorreu, segundo ela, após ter sido transferida para a comarca de Brusque, no Vale do Itajaí. A transferência teria acontecido após uma promoção — ela diz que o convite foi recebido antes da repercussão do caso, revelado em uma reportagem do The Intercept Brasil.
Joana informou que foi aprovada em um concurso e soube do resultado na última semana. Desde a sexta-feira passada (17), então, já estava fora do caso. Um juiz substituto assumiu a ação. Ainda não há informações sobre a identificação do novo magistrado no caso.
Na manhã desta terça-feira (21), a Justiça determinou que a menina seja liberada do abrigo em que foi mantida e volte a viver com a família. A Ordem dos Advogados do Brasil – Santa Catarina (OAB) anunciou que irá atuar em favor da menina.