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“Foi algo autoritário”, dispara presidente do SIMMP sobre PL de reajuste salarial da Prefeitura sem diálogo com o sindicato

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O Projeto de Lei nº 02/2024, que propõe o reajuste salarial aos servidores públicos municipais de Vitória da Conquista encaminhada pela Prefeitura para à Câmara Municipal de Vereadores gerou grande surpresa para os sindicatos que representam os servidores municipais. Para denunciar a situação, o Sindicato Municipal do Magistério de Vitória da Conquista (SIMMP) participou da  audiência pública na  Câmara na última terça-feira (5).

Para o Sindicato Municipal do Magistério de Vitória da Conquista (SIMMP), que representa os professores, a atitude da Prefeitura não foi adota por meio de diálogo. Em entrevista ao Blog do Sena nesta quarta-feira (6), a presidente do SIMMP, Greissy Leôncio, revelou que uma reunião entre o sindicato e a Prefeitura, ainda estava marcada para acontecer na próxima sexta-feira (8).

“Fomos pegos de surpresa porque, ainda ontem, foi confirmado pelo gabinete do secretário de Gestão e Inovação e pelo Gabinete do Secretário de Educação uma reunião para sexta feira, dia 8, às dez e meia, para tratar do plano de cargas e treinamento dos professores, da tabela salarial. E, de repente, um projeto de lei já encaminhado para a Câmara?”, questiona Leôncio.

De acordo com a presidente do SIMMP, apenas uma reunião foi realizada para discutir a Campanha Salarial 2024 e classificou a atitude da Prefeitura como autoritária. “Isso passa por cima de todo o debate que a gente ainda estava tentando construir com o município, né? Uma vez que tivemos apenas uma reunião a respeito da campanha salarial de 2024.Então assim foi algo arbitrário, foi algo autoritário do Governo Municipal encaminhar Projeto de Lei sem discutir com os sindicatos”, disse Leôncio.

A presidente do SIMMP também revelou a dificuldade para agendar reuniões com a a Prefeitura. Para ela, a educação não é prioridade para a atual gestão da Prefeitura. “O SIMMP desde janeiro tem ido à Prefeitura tem ligado, tem tentado estabelecer esse diálogo para tratar de vários pontos da carreira do professor e da educação desse município, mas sempre recebendo negativas ou desculpas de que não podem atender por outras agendas. Mas, eu entendo que a agenda da educação, que é a agenda do professor, deve ser prioridade dentro de qualquer município, dentro de qualquer gestão”, destacou Leôncio.

Segundo Greissy, a gestão não está respeitando a categoria. “Infelizmente nós não vimos esse tratamento digno, respeitoso e democrático por esse governo. Muito pelo contrário, as atitudes da prefeita Sheila Lemos tiveram muita semelhança com posturas ditatoriais, posturas realmente autoritárias”, disparou.

De acordo com a Prefeitura, a proposta de reequilíbrio dos vencimentos foi elaborada com base nas limitações legais, financeiras e orçamentárias do Município, e também nas chamadas condutas vedadas, que proíbem aumentos remuneratórios a servidores públicos em ano eleitoral. A correção do Piso Nacional foi aplicado, no entanto, a presidente do sindicato explica que a carreira do professor continua sendo desvalorizada com o não cumprimento do Estatuto Municipal do Magistério.

Além do SIMMP, o Sindicato dos Servidores Municipais de Vitória da Conquista (Sinserv) também criticou a decisão da Prefeitura e participou da sessão.


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