Chamado de herói pelo presidente Jair Bolsonaro, o ex-policial militar Adriano da Nóbrega tinha suas contas pessoais e de familiares pagas por membros de uma milícia, segundo documentos apreendidos pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. A informação é da Folha.
O material foi recolhido em janeiro de 2019, quando foi deflagrada a operação Os Intocáveis. Os documentos estavam no escritório do homem apontado como responsável pelas finanças da quadrilha de Rio das Pedras, na zona oeste do Rio.
São faturas de cartão de crédito, boletos de contas de energia e recibos em nome de Adriano —também identificado como “Gordinho” nos documentos— e com referências à mulher do ex-PM, Julia Lotuffo.
O miliciano esteve foragido por mais de um ano até o mês passado, quando foi morto durante uma operação policial na Bahia. Adriano foi homenageado por Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e defendido pelo presidente Jair Bolsonaro em 2005, quando ele ainda era deputado federal.