O governador da Bahia, Rui Costa (PT), disse, neste sábado (29), que é uma “atitude tão perversa quanto a ditadura” o fato de o procurador do Ministério Público Federal (MPF), Deltan Dallagnol, ter dito a colegas da Lava Jato que era preciso acelerar ações contra Jaques Wagner (PT).
As conversas de Deltan com procuradores foram divulgadas pela colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de São Paulo. Segundo a publicação, o chefe da Lava Jato afirmou que valeria fazer busca e apreensão sobre o petista “por questão simbólica”. Em uma das conversas, o chefe da Lava Jato pergunta: “Caros, Jaques Wagner evoluiu? É agora ou nunca… Temos alguma chance?” (veja aqui).
“Deltan Dallagnol escolhe como alvo o senador Jaques Wagner para uma busca e apreensão por uma questão simbólica, dias antes da eleição. Nada de justiça. É um crime contra a democracia e o estado de Direito. Este tipo de atitude é tão perversa quanto a ditadura. A sociedade apoia investigação séria para combater a corrupção, mas não apoia um Judiciário e um MP [Ministério Público] em formato de partido político com feições nazistas numa perseguição cruel aos seus alvos escolhidos por conveniência ou para se construir uma ‘questão simbólica’. Muito triste”, declarou Rui Costa.
Os diálogos estão em arquivo obtido pelo site The Intercept Brasil. No dia em que ocorreram, 24 de outubro, o juiz Sergio Moro já era cotado para virar ministro de Jair Bolsonaro — que disputava com Fernando Haddad (PT-SP) o segundo turno das eleições.
*Bahia Noticias