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Contra abertura das escolas, postagem considerada ofensiva de professora da Uesb repercute nacionalmente e Deputado aciona Ministério Público; veja o posicionamento da Uesb

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Na postagem, a professora Adriana Abreu, comentou a seguinte frase:  “Eu queria mesmo que abrisse escola pros filhos de rico. E que os pais sem noção se livrasse da chateação que os filhos causam. E se morresse bastante filho de rico aí sim nivelaríamos de forma mais humana. Que morram então!”.

Em sua defesa, a professora postou uma nota a em seu perfil de Facebook. Ela afirmou que postou o comentário  com tom de ironia como resposta a um texto da jornalista Priscila Chamas considerado por ela como sendo de ódio.

“Postei uma indignação irônica sobre essa pressão que a sociedade está fazendo para que as escolas retornem imediatamente às aulas presenciais, justamente num momento de agravamento e de nova cepa do vírus”, escreveu a professora. Para ela, “algumas pessoas nem sempre conseguem interpretar. Outras leem com má fé mesmo”, disse Abreu.

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) se manifestou em nota e disse que “a Uesb destaca que todos os seus posicionamentos oficiais, enquanto Instituição de Ensino Superior Pública, são emitidos pelos canais oficiais que dispõe. Qualquer pensamento individual dos seus atores sociais não representa, necessariamente, o que sua comunidade acredita, ainda que a Universidade respeite o direito de expressão.Qualquer denúncia deve ser formalizada por meio da nossa Ouvidoria, pelo e-mail [email protected].”

A Associação dos Docentes da UESB (ADUSB)  preferiu não comentar especificamente o caso da professora. Mas, disse em parte de uma nota divulgada pelo site Sudoeste Digital, que “a ADUSB defende que não se desvie a atenção da verdadeira questão em foco, principalmente nesse contexto em que forças que lucrariam com a Reforma Administrativa se aproveitam de toda oportunidade para difamar os servidores públicos. No atual momento da pandemia, com grande número de casos de covid-19 e sem imunização da população, reiteramos posicionamento contrário à retomada de aulas presenciais, pois como ficou evidente em experiências de retomada recentes, tal retorno coloca em risco não apenas a comunidade escolar/acadêmica, mas toda a sociedade.

O comentário levou o deputado federal Carlos Jordy (PSL-RJ) a acionar o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) contra a professora Adriana Abreu. Ele pediu a instauração do inquérito civil para apurar as irregularidades e responsabilidades para, se assim entede-las, promover as ações judiciais cabíveis.

Adriana Abreu é graduada em Letras pela UERJ, Mestre em Língua Portuguesa pela PUC do Rio, Doutora em Semiologia pela UFRJ e Pós-Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPE, atualmente professora titular de Teoria da Literatura no Departamento de Ciências Humanas e Letras (DCHL) da UESB.


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