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Conquista: Empresário da Avenida Lauro de Freitas teme onda de desempregos com a reforma do terminal de ônibus

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Foto: Blog do Sena

Iniciada na mesma noite em que foi anunciado o primeiro caso de Coronavírus em Vitória da Conquista, o início da obra de reforma do terminal de ônibus da Avenida Lauro de Freitas começou rodeada por polêmicas. De um lado, a população criticou o momento em que a reforma começou, do outro, os empresários ao redor do terminal, que foram pegos de surpresa, criticaram a falta de diálogo com os comerciantes e temem onda de desemprego.

Foto: Blog do Sena

Na manhã do dia 31, o secretário de Infraestrutura Urbana, José Antônio Vieira, disse em entrevista a um programa de rádio que ainda não havia data prevista para o início das obras, uma vez que o recurso não tinha sido disponibilizado pela Caixa Econômica Federal. Na noite do mesmo dia, o terminal começou a ser desmontado.

Nesta quinta-feira (02), o Blog do Sena entrevistou um dos empresários da Avenida Lauro de Freitas. Ele reclamou que não foram avisados do início das obras pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e que nem mesmo foram consultados pela Prefeitura a respeito do impacto da obra sobre o comércio.

“Comerciante nenhum foi avisado, nem pela CDL nem pela associação, ninguém procurou a gente para informar que dia ia começar, como iam fechar as ruas. Simplesmente, eles colocaram blocos de concreto e, no outro dia, não passa mais moto, não passa mais carro. Nunca a Prefeitura procurou a gente. Teve uma reunião com um grupo de empresários e a CDL, mas ninguém falou nada. Pouco depois, o prefeito solta uma nota afirmando que vai começar a obra. Claramente é um obra eleitoreira”, afirmou o empresário.

Somente na Avenida Lauro de Freitas há dezenas de empresa, a avenida concentra um grande número de farmácias e lojas de roupas e calçados. O comerciante estima que exista cerca de 5 mil empregos gerados por empresários do local e teme que ocorra uma onda de demissões provocadas pelo impacto da obra e agravado pela crise provocada pela pandemia de Coronavírus, que tem obrigado o comércio a ficar fechado.

“As grandes lojas estão aqui, não foi respeitado, não falado com ninguém o que está sendo feito aqui. Dessas empresas que temos aqui, a maior parte são pequenas empresas, eu fico preocupado por que os pequenos lojistas não vão aguentar esse baque. O que eles tinham que fazer era trabalhar os lados, junto com os comerciantes, junto com a CDL e junto com a engenharia da Prefeitura”, avaliou.

A reforma do terminal de ônibus vai custar R$ 7 milhões provenientes do Finisa II e deve ser concluída em 1 ano e meio. Contudo, como os recursos ainda não foram liberados pela Caixa Econômica, mesmo com o terminal já desmontado, não existe previsão para que a reforma em si seja iniciada.


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