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Conquista: Caso de Lorrane, vítima de feminicídio pelo ex-namorado, será julgado na próxima quinta (29)

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Está marcado para a próxima quinta-feira (29) o julgamento do caso de Lorrane Silva Prado, cabeleireira de 35 anos de idade que foi assassinada pelo ex-namorado, Renaldo Teixeira Alves. A época, ele também tinha 35 anos. Lorrane era moradora de São Sebastião, distrito de Vitória da Conquista.

Na última sexta-feira (23), Conquista testemunhou o julgamento de Éverton Bruno dos Santos Miranda, acusado de matar a empresária Givanete Nogueira, em Conquista. Ele foi condenado com a pena de 18 anos em regime fechado. A condenação do assassino era aguardada com muita expectativa pelos familiares e amigos.

CASO LORRANE: Renaldo Teixeira Alves, inconformado com o fim do relacionamento, insistia para que Lorrane reatasse com ele. Diante da negativa, ele passou a persegui-la e submetê-la à chantagem emocional, dizendo que iria tirar a própria vida caso ela não o aceitasse de volta.

O acusado enviava vídeos chorando e pedindo para reatar o relacionamento. Áudios no celular da vítima demonstram que, antes de matá-la, ele estava na casa dela e se recusava a ir embora. De acordo com informações dos familiares, isso acontecia de forma recorrente.

Renaldo confessou que a matou após ela se recusar a manter relações sexuais com ele, após o qual ele aplicou um “mata-leão”, estrangulando a vítima.

 

CASO GIVANETE: Ocorrido em janeiro de 2021, o crime foi motivado por uma dívida que o autor tinha com a empresária de R$ 15 mil, após utilizar o CNPJ da vítima para fazer compras. Os dois possuíam lojas na mesma galeria no Centro da cidade. A empresária foi morta e seu corpo foi desovado em um terreno baldio, na cidade de Barra do Choça. O corpo só foi localizado com o auxílio de uma cadela farejadora.

Três anos após o crime, o acusado foi julgado e condenado por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. A pena aplicada pela juíza Dra. Janine Soares de Matos Ferraz foi de 18 anos.

Os familiares queriam a pena máxima. Agora, a população aguarda para que a justiça seja feita no caso de Sashira, outro feminicídio que chocou Vitória da Conquista.

CASO SASHIRA: Sashira Camilly Cunha Silva foi morta no dia 15 de setembro de 2021 quando tinha apenas 19 anos. Seu corpo foi encontrado no município de Planalto, que fica distante cerca de 47 quilômetros de Vitória da Conquista. De acordo com a Polícia Civil, o ex-namorado, Rafael Souza, é o principal responsável pela morte da jovem.

No entanto, para cometer o crime, ele teve o auxílio de outros comparsas, Marcos Vinícius Fernandes e Felipe Gusmão. Rafael confessou o crime e delatou os comparsas à polícia. De acordo com as informações divulgadas pela Polícia Civil na época, Rafael dopou Sashira com um remédio de uso controlado a esfaqueou no pescoço e no rosto. Mas, ele não teve coragem para matá-la e contou com a ajuda de Marcos. Ele foi responsável por pegar o carro da vítima e terminou de matar Sashira, enforcando a jovem até a morte. Os dois estão presos.

Já o terceiro envolvido, Felipe Gusmão, segundo a polícia, fez a ligação entre Rafael e Marcos, que não eram próximos. Ele serviu como articulador entre os dois e pagou um carro de aplicativo para que Marcos fosse até o local do crime. Ele chegou a ser preso, mas, por meio de Habeas Corpus, ele está em liberdade desde maio do ano passado.

Agora em 2024, o crime completará três anos. O desejo da família, amigos e da sociedade é que ocorra o julgamento do envolvidos no crime. No entanto, ainda não há uma previsão de quando o julgamento será realizado. A expectativa é que ainda neste ano os acusados sejam julgados, já que deverá ocorrer vários julgamentos no Tribunal do Júri em Conquista.

A sociedade acompanha os desdobramentos desses casos, reivindicando medidas eficazes para combater a violência contra as mulheres e a devida aplicação da lei para aqueles que perpetram atos de feminicídio.


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