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Artigo: Abertura sim, mas gradual e planejada

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José Maria Caires

Quando tudo passar o mundo não será o mesmo, alguns setores haverão de se reinventar, principalmente aqueles mais afetados, dentre eles os de eventos, os de esportes (como o futebol), os parques de diversão, bares, restaurantes e o turismo, este talvez o que se recuperará só após a vacina, mas é bom lembrar que talvez seja o mais fácil de retomar nessa transição, as pessoas estão ávidas pra viajar, pois esse tempo que passamos em casa serviu para sentirmos muita coisa, aprendemos muito, inclusive a vontade de se libertar, lembrando que o início será engatinhando, devagar e perto da sua cidade, acredito que o turismo doméstico brasileiro sairá ganhando muito, pois tem uma oferta enorme de oportunidades e as fronteiras estão fechadas ou os viajantes ainda amedrontado, será talvez um fator positivo para o turismo brasileiro, sem contar que as viagens internacionais ficaram mais difíceis em virtude da elevação do dólar.

Na verdade outros setores estão se virando como podem, o delivery tomou conta da atividade econômica, dos restaurantes, as lojas: de roupas, calçados e o mercado não será o mesmo, as mudanças provocadas pela crise será radical, o consumo doravante será mais consciente e o tempo de permanência fora de casa será cada vez menor, essas atividades não essenciais estão buscando alternativas quer pelo televendas, site, watsaap e até drive-tru.

O redesenho econômico oriundo dessa pandemia afetará sem dúvida o emprego formal, primeiro pela queda brusca do consumo e pela redução da renda proveniente do redução da atividade econômica, passando inclusive pelo novo conceito de consumo, “de não consumir por consumir”. Nos Estados Unidos 30 milhões de americanos pediram seguro desemprego, na Alemanha um empregado demitido receberá 60% do salário líquido por 12 meses. No Brasil com o alongamento da crise, a Medida Provisória 936 deixou de ser eficiente, por prevê apenas três meses de subsidio dos salários, haverá de ser reeditada se o Governo desejar preservar parte dos empregos e acho até que o auxílio de R$ 600,00 também deve se prorrogar mais três meses, quando haverá o platô e quem sabe a redução da curva do virus.

Haveremos de conviver com essa crise por meses e muitos empresários que estiverem fora das atividades essenciais, não suportarão. Não sou contra o isolamento, acho o método mais eficaz até que se descobre a vacina, porém a pandemia está apenas começando, daí um motivo a mais para usar o distanciamento como forma de afrouxamento das regras de quarentena, de forma elaborada e gradual, ainda que não seja agora, mas tem que se planejar o reinicio das atividades nas empresas, aliás muitas cidades já estão fazendo e com relativo sucesso, desde que tomada todas precauções de higiene e proteção.

Muitos comércios e atividades não são diferentes dos supermercados no quesito de aglomeração, ainda que fossem poderiam abrir, com limite de fluxo, desinfeção e com os mesmos EPIs utilizados pelos trabalhadores das atividades essenciais, a exemplo dos empregados das farmácias, até por que eles também correm os riscos.

Jose Maria Caires é empresário


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