Na noite de quarta-feira, 13, duas explosões quase simultâneas abalaram a Praça dos Três Poderes, em Brasília, resultando na morte de uma pessoa. Uma das explosões ocorreu em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde uma testemunha relatou que um homem lançou um objeto em direção à estátua da justiça. A segunda explosão foi registrada no estacionamento da Câmara dos Deputados. Após o ocorrido, tanto a Praça dos Três Poderes quanto a Esplanada dos Ministérios foram interditadas para investigação.
O carro envolvido no incidente pertencia a Francisco Wanderley Luiz, ex-candidato a vereador em 2020 pelo Partido Liberal (PL), mas ainda não há a confirmação oficial de que o dono do veículo é o mesmo do homem encontrado morto.
O homem que morreu era de Santa Catarina, tinha 59 anos e estava no Distrito Federal há cerca de quatro meses. À Justiça Eleitoral em 2020, ele informou também ser casado e ter ensino médio incompleto. Não há registro de outras candidaturas dele a cargos públicos desde então. Nas redes sociais, ele se apresentava como empreendedor, investidor e desenvolvedor.
Investigações preliminares apontam possíveis vínculos entre o indivíduo e os atos de 8 de janeiro, que incluíram ataques contra instituições democráticas. Essa situação lança nova pressão sobre o PL e o ex-presidente Jair Bolsonaro, que vem tentando dissociar-se das acusações relacionadas aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.
A suspeita é de que o evento tenha sido planejado, dado que ele havia visitado o STF recentemente, possivelmente em reconhecimento do local.