Há algumas semanas, a prefeitura municipal de Vitória da Conquista anunciou a contratação da Viação Rosa para assumir as cinco linhas do transporte coletivo operadas atualmente, de forma emergencial, pela Novo Horizonte. A justificativa usada é o valor 36% mais barato. No entanto, vídeos sobre problemas da Viação Rosa em Feira de Santana vieram à tona e começam gerar preocupação: o transporte público de Conquista terá mais um problema?
Uma reportagem da TV Bahia mostra que, há algum tempo atrás, 51 ônibus de Feira de Santana simplesmente sumiram. A Secretaria de Mobilidade Urbana de Feira de Santana cogitou que os veículos foram recolhidos pela própria Viação Rosa; mas a empresa negou. No período, a falta de ônibus gerou grandes problemas no transporte coletivo da cidade.
A preocupação de críticos e estudiosos do transporte público conquistense é de que o município receba mais uma empresa que não tem condições se manter. Em agosto de 2018, a Viação Vitória declarou falência e deixou centenas de funcionários desempregados.
Segundo informações do Blog do Giorlando Lima, pelo contrato de dois meses, começando em 1º de junho, a Viação Rosa receberá R$ 505.480,25 por mês, totalizando R$ 1.010.960,50. Com a Novo Horizonte foram dois contratos, de R$ 810 mil e R$ 781.709,10, perfazendo R$ 1.591.709,10.
Transporte público: Prefeitura diz que ainda não está preparada para operar lote emergencial
Além do questionamento se a economia valerá a pena, há outro ponto mais crítico sobre as medidas da prefeitura: elas são apenas paliativas. Este já é o terceiro contrato emergencial para operar o lote 1 (deixado pela Viação Vitória): Primeiro o acordo tácito com a Cidade Verde, depois o contrato de valores absurdos com a Novo Horizonte, e agora com a Viação Rosa.
Mesmo com quase um ano da saída da Viação Vitória, a prefeitura ainda não avançou na realização de um processo licitatório definitivo para o lote 1. Enquanto isso, a crise do transporte público gera enormes gastos aos cofres públicos e prefeito e seu secretariado continuam usando como justificativa para a falta de celeridade um estudo encomendado. Eles dizem que o estudo indicará o que fazer.