Na última quinta (29), às 9 horas, o júri da comarca de Planalto se reuniu para julgar o assassinato de Eduardo Antônio Mendes da Silva, ocorrido em praça pública em 10 de maio de 2022. A vítima, sem chance de defesa, foi alvejada a tiros por motivos de vingança, segundo a denúncia. O julgamento durou cerca de 10 horas.
Esse julgamento aconteceu na Comarca de Planalto e o réu Valmir Silva de Oliveira foi condenado a 17 anos e 6 meses de prisão pelo assassinato.
O condenado, Valmir, beneficiava-se de liberdade provisória, enfrentando não só a acusação pelo assassinato de Eduardo, mas também pela morte do irmão dele em 2012. Ambos os crimes, de acordo com testemunhas, estariam interligados por uma trama de vingança.
Ele tinha confessado o crime alegando legítima defesa, crime que teria sido motivado porque Eduardo foi testemunha de um outro crime cometido por Valmir cerca de 10 anos antes contra o irmão dele.
O irmão de Eduardo era namorado da ex-companheira de Valmir. O desfecho se deu com um disparo na cabeça durante uma emboscada em frente à residência da vítima.
Eduardo tornou-se alvo do assassino após testemunhar em favor do irmão. As ameaças e perseguições se intensificaram, especialmente após a morte do filho de Walmir por autor desconhecido. Walmir responsabilizava a família de Eduardo pela tragédia, alegando serem responsáveis pela morte de seu filho.
Ainda segundo a denúncia, Valmir teria tentado matar um outro irmão de Eduardo antes de assassinar Eduardo com golpes de faca, mas esse outro irmão sobreviveu.
Em busca de justiça, a família constituiu como assistente de acusação o advogado criminalista Dr. Hobert Limoeiro, especialista em tribunal do júri. Ele atuou ao lado da Promotora de Justiça Dra. Soraya Meira Chaves na busca pela condenação.
A defesa das garantias do acusado foi conduzida pelo advogado Dr. João Pedro, que qpresentou a versão do réu diante do tribunal.