Um grupo de dez pessoas, comandado por uma traficante identificada pelas iniciais Q.C.D.S., 27 anos, foi preso na manhã desta quarta-feira (23) sob acusações de gerenciar um “Tribunal do Crime”, que realizava ameaças, torturas e ameaças no município de Iguaí.
Nesta manhã, a Polícia Civil deflagrou em Iguaí a Operação Thêmis, cujo objetivo foi de cumprir dez mandados de prisão preventiva e dez mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Criminal de Iguaí.
As investigações identificaram os nove indivíduos, que eram chefiados pela mulher de iniciais Q.C.D.S., 27 anos, traficante da cidade, que criou e instituiu o Tribunal do Crime.
As sessões de tortura eram realizadas na localidade conhecida como “caixa d’água”, no Bairro Novo.
Um desses “julgamentos” realizados pelo Tribunal do Crime foi filmado pela própria quadrilha. O vídeo vazou e viralizou nas redes sociais de toda a região, cujas imagens de horror mostram uma vítima amarrada, sendo torturada e surrada com golpes de fio elétrico.
A quadrilha é envolvida diretamente no tráfico de drogas, roubos, porte de arma de fogo. Há indícios de que o grupo tenha ordenado o homicídio de L. A. S., ocorrido em 09/11/2021, além de envolvimento na explosão de uma agência bancária em Iguaí ocorrida no dia 03/12/2021.
Além da Chefe da quadrilha Q. C. D. S., mulher de 27 anos, também foram presos D. S. R., 20 anos, J. S. M., 31 anos, E.A.J., 23 anos, J.P.S.S., 22 anos e A.S.J., 24 anos. Outros quatro integrantes do bando não foram localizados e encontram-se foragidos, com prisões decretadas.
Durante a operação, ainda foi localizado e preso em flagrante, no interior da residência da chefe da quadrilha, o indivíduo W.S.S., 26 anos, portando um revólver calibre .38 e drogas, indivíduo este que seria o “Segurança” da chefe e com mandado de prisão em aberto pelo Distrito Federal.
Em poder da quadrilha foram aprendidos 02 (dois) revólveres, 13 (treze) munições calibre .38, 04 (quatro) munições calibre .22, 01 (uma) munição calibre .762, geralmente utilizada em fuzil, 01 (um) simulacro de pistola, aproximadamente 700g de maconha, 133 (cento e trinta e três) buchas de maconha já embaladas para comercialização, aproximadamente 100g de cocaína, 05 (cinco) pinos de crack, 03 (três) balanças de precisão, centenas de cápsulas vazias e saquinhos também vazios, utilizados para embalar drogas, 01 (um) rádio comunicador, 08 (oito) aparelhos celulares e 01 (uma) motocicleta com sinais identificadores adulterados.
A operação contou com a participação de 40 (quarenta) policiais civis do DEPIN (21a Coorpin-Itapetinga e 10a Coorpin-Vitoria da Conquista), CATI-DEPIN/Jequié, DTE e DRACO-Vitória da Conquista.
A Operação foi batizada de “THÊMIS” em referência à Deusa da Justiça que tem sua origem na mitologia grega. Thêmis é descrita como “de bom conselho”, e é a personificação da ordem, da lei e protetora dos oprimidos.
