A dor das famílias das 41 vítimas fatais com um ônibus da Emtram agora se soma à revolta. Um exame toxicológico mostrou que Arilton Bastos Alves, motorista da carreta envolvida na tragédia, teria, consumido “cocaína e álcool etílico concomitantemente”.
O motorista teria ainda o hábito de conduzir a carreta sob o efeito de álcool, já tendo sido abordado por policiais com sintoma de embriaguez na condução de um carro e acabou sendo penalizado com a suspensão do direito de dirigir, em julho de 2022.
O condutor fugiu após o acidente. Ele se apresentou à Polícia dois dias após o acidente. Ele foi preso no Espírito Santo, na manhã desta terça-feira (21) por decisão da Vara Criminal da Comarca de Teófilo Otoni.
Segundo a decisão, o caminhoneiro admitiu não ter o costume de verificar o peso do material que transportava. No dia do acidente, a carreta carregava dois blocos de quartzito, com peso total superior a 68 toneladas, divididos em uma pedra de 30,5 toneladas e outra de 37,8.
“Acrescentando-se o peso do conjunto da carreta e seus dois semirreboques, chega-se a 91,261 toneladas, equivalente a quase o dobro do permitido pela legislação de trânsito aplicável à espécie”, diz um trecho do documento.
Ainda conforme a Justiça, a carreta trafegava a mais de 90 km/h, enquanto o permitido para a via eram 80 km/h.
O acidente matou 41 pessoas, todas eram passageiros do ônibus que tinha como destino Vitória da Conquista e cidades circunvizinhas. Muitas vítimas foram carbonizadas e só foram reconhecidas por meio de exames de DNA.