Crianças que lidam com transtornos e deficiências podem acabar sofrendo com a falta de inclusão e com agressões motivadas pelo preconceito. No mês de abril, comemora-se o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, mas mães de crianças autistas de Vitória da Conquista denunciam que ainda são muitas as dificuldades na abordagem com as crianças neurodivergentes nos espaços de convivência.
Sabrine, mãe de uma criança autista, contou que seu filho sofreu sérias agressões na escola em que estuda, mas a escola não tomou nenhuma providência em relação ao caso. “Durante uma aula de educação física, com a presença do professor, meu filho sofreu diversas agressões verbais e físicas”, relatou. A entrevista foi concedida ao comunicador Ricardo “Gordo”.
“Fizeram diversas agressões verbais e, quando ele tentava escapar da violência, começaram a agredi-lo fisicamente. Deram um soco no olho, o que gerou uma lesão, no maxilar, arranhões e ainda acenderam um isqueiro no nariz dele”. A mãe acredita que a escola não agiu à altura da gravidade do caso. A criança precisou ser levada a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) em decorrência da gravidade dos ferimentos).
De acordo com seu testemunho, o professor apenas separou a briga, encaminhou o menino à direção para colocar gelo nos ferimentos e o enviou de volta para casa sem ao menos comunicar os responsáveis sobre o ocorrido.
Ela, por outro lado, não pretende deixar o caso impune. Sabrine já fez denúncias no Disep, Núcleo da Criança e Adolescente, Ministério Público. Ela também prestou queixa em desfavor da escola na Secretaria Municipal de Educação pelo que definiu como negligência.
Sabrine afirmou que vai lutar para que a justiça seja feita e que casos como esse não voltem a se repetir.
