O impasse entre o governo municipal de Vitória da Conquista e o governo estadual por causa do recurso federal enviados para os município parece longe de ter uma solução. Nesta quinta-feira (16), em entrevista ao Jornal Band News, o secretário municipal de Administração, Kairan Rocha, voltou a criticar o secretário estadual de Saúde, Fábio Vilas Boas, e o governador Rui Costa, por não ter repassado para o município o recurso de R$ 2 por habitante liberado pelo Governo Federal.
Kairan classificou o não repasse dos recursos como um “ato de terrorismo” contra o município. “Se a gente classificar o terrorismo como um atentado contra a saúde, ele está realmente atentando contra a saúde de Vitória da Conquista”, afirmou.
O governo do estado afirma ter utilizado o recurso, que seria totalizado em torno de R$ 700 mil, para o aluguel dos leitos de UTI do Hospital das Clínicas de Conquista (HCC), que teria custado para o estado mais de R$ 1,4 milhão. Questionados sobre o fato de não terem repassado o recurso, tanto o secretário de Saúde quanto o governador afirmaram que podem fazer o repasse do recurso, desde que o governo municipal passe a arcar com o aluguel do leitos de UTI.
Sobre essa possibilidade, o secretário afirmou que não seria justo repassar o contrato para o município, uma vez que o estado também teria recebido repasse para fazer a contratação dos leitos de UTI.
“O que a gente está pedindo é que nos repasse os R$ 700 mil, mas que também assuma seu papel de governo na região sudoeste. Instale os leitos sim em Vitória da Conquista, porque o estado também recebeu repasse do Governo Federal para fazer essa estruturação. Então, não é justo por parte do governador e do secretário dizer que eles vão repassar os R$ 700 mil e passar também o contrato de R$ 1,4 milhão firmado junto ao HCC, porque para cada leito habilitado eles recebem o recurso do governo federal e eles receberam outros repasses para gerenciar a crise do Covid-19”, garantiu Kairan.
Sem encontrar uma solução para o problema, a ação judicial movida pela Prefeitura de Vitória da Conquista deve seguir em frente para que outra instância decida o que deve ser feito acerca dos recursos.
