O decreto da Prefeitura de Vitória da Conquista determinando o retorno das aulas presenciais para a próxima segunda-feira (12), não foi bem recebido pelos profissionais de educação do município. A determinação foi publicada na última segunda-feira (05), no Diário Oficial do Município.
O decreto traz uma série de medidas de prevenção, como por exemplo 50% (cinquenta por cento) da capacidade de cada sala de aula e higienização dos ambientes (mínimo de quatro vezes ao dia, compreendendo os períodos de recreio e fim de expediente). No entanto, algumas instituições, especialmente da rede pública, não conta a estrutura necessária para aplicar tais medidas.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais e também em entrevista ao Blog do Sena, a presidente do Sindicato do Magistério Municipal Público de Vitória da Conquista (SIMMP), Elenilda Ramos, rechaçou a iniciativa do Governo Municipal.
“Já estamos em reunião com todo os sindicatos de educação, a gente vai lutar contra isso de todas as formas. Inclusive, a gente acredita que as possíveis mortes oriundas desse retorno inadequedada às aulas, devem ser de responsabilidade da prefeita Sheila Lemos, uma vez que ela age com negacionismo do mesmo modo que o presidente Bolsonaro. Então, da mesma forma que a gente diz ‘fora Bolsonaro Genocida’, a gente também pensa que a prefeita Sheila age do mesmo modo desse genocida”, afirmou.
A presidente afirmou ainda que não houve uma reunião para definir o retorno. “ Até onde o Sindicato sabia e que foi a palavra do secretário de Educação, que seria feita uma avaliação e um planejamento para escolas piloto, o que não consta no decreto. O decreto diz que há retorno presencial de escolas públicas e privadas, sendo que os professores não tomaram nem a primeira dose e de todo o corpo escolar. Então, é um decreto que atenta contra a vida de professores, profissionais da educação, de alunos e dos pais, uma vez que não há vacinação para crianças ainda”, declarou Elenilda.
Em contato com o Blog do Sena, o advogado do Sindicato dos Professores da Bahia (APLB) e professor, Tony Alcântara, afirmou que o sindicato juntamente com o SIMMP vai buscar medidas legais para impedir o retorno.
O governador Rui Costa (PT) afirmou nesta terça-feira (06), que poderá anunciar nos próximos dias uma data para o retorno às aulas presenciais, no entanto, está condicionado ao ritmo de contágio, especialmente após os festejos juninos.
Agora há pouco, vários sindicatos da Educação divulgaram uma nota de repúdio à medida.
NOTA DE REPÚDIO SOBRE DECRETO MUNICIPAL_05_07_2021 (1)
http://https://soundcloud.app.goo.gl/MxhCjbxb6Jr8AB9YA
