A cerimônia de diplomação da prefeita, do vice-prefeito e dos 23 vereadores eleitos nas eleições municipais de 2024 aconteceu na noite desta terça-feira (17), no Cemae, em Vitória da Conquista. Promovido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o evento também oficializou 11 suplentes, entre os quais se destacou a delegada Gabriela Garrido (PV). Pela primeira vez candidata a uma vaga na Câmara Municipal, Gabriela conquistou 2.301 votos e foi diplomada como primeira suplente na Federação Brasil da Esperança, formada pelos partidos PT, PCdoB e PV.
Reconhecida como uma das vozes mais atuantes na defesa dos direitos das mulheres em Vitória da Conquista, a delegada explicou sobre o papel dos suplentes e a necessidade de estar preparada para possíveis mudanças na composição do Legislativo. “O suplente pode ser convocado caso algum vereador se afaste, seja por decisão judicial, convocação para outro cargo ou qualquer outro processo que leve à vacância. Estamos aqui assumindo essa responsabilidade, prontos para ocupar a vaga, se necessário”, declarou Gabriela em entrevista ao Blog do Sena.
O nome de Gabriela ganha ainda mais relevância em meio a um processo judicial que pode alterar o quadro político do município. A Federação Brasil da Esperança move uma ação contra o partido Avante, alegando uma possível fraude na cota de gênero durante as eleições. A denúncia, que tramita na 39ª Zona Eleitoral de Vitória da Conquista, aponta que uma candidata a vereadora pelo Avante não participou de nenhuma ação de campanha e obteve apenas um voto registrado na urna eletrônica. A situação levantou suspeitas de que a candidatura tenha sido “fantasma” ou “laranja”, prática que fere a legislação eleitoral sobre a obrigatoriedade da cota de gênero.
Nas eleições de 6 de outubro, o Avante elegeu Natan da Carroceria com 1.505 votos, garantindo a última vaga na Câmara. Caso a fraude seja confirmada pela Justiça Eleitoral, o partido poderá perder a cadeira, que passaria para Gabriela Garrido, como primeira suplente da Federação Brasil da Esperança.
Questionada sobre essa possibilidade, Gabriela adotou um tom cauteloso e preferiu não se antecipar aos desdobramentos jurídicos. “O processo corre em segredo de justiça e eu não o acompanho. Se der certo, provalmente”, disse ao falar sobre a expectativa de assumir uma vaga na Câmara em 2025.
O caso segue em análise pela Justiça Eleitoral e pode redefinir a composição do Legislativo municipal para a próxima legislatura.