A superlotação da Unidade de Pronto Atendimento de Vitória da Conquista (UPA) virou pauta política. Em ano de eleições municipais, o equipamento gerido pelo Governo do Estado tem sido “atacado” por vereadores, pré-candidatos e até integrantes do governo Sheila Lemos (União Brasil).
Com o grande crescimento dos casos de dengue na cidade, os pacientes tem procurado a UPA para receber atendimento médico. O que tem gerado uma grande demanda de atendimento no local. O Governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), já avisou que os pacientes devem procurar as unidades de saúde da atenção básica que são geridas pela Prefeitura. E que a superlotação é resultado da falta “de oferta de serviços típicos qualificados da Atenção Primária” e de “Unidades de Pronto Atendimento” geridas pelo próprio munícipio. A declaração foi contestada pelo secretário Municipal de Saúde, Vinícius Rodrigues, que afirmou que o governo Sheila tem investido na saúde básica e ressaltou a criação de quatro unidades de saúde sentinelas que funcionam até às 22h.
Nesta semana, o vereador Ivan Cordeiro (PL), realizou um abaixo assinado com o objetivo de colher assinaturas para cobrar além de melhorias e mais médicos, a construção de uma nova UPA na cidade. Já nesta quinta-feira (21), foi a vez do pré-candidato a vereador Igor Moraes (MLB) a divulgar um vídeo nas suas redes sociais onde questiona a população sobre o que acha do atendimento na UPA e questiona se o o “povo vai aprovar a gestão do Governo do Estado na saúde”. Igor, que também é jornalista, tem postado diversos vídeos criticando o Governo do Estado.
No meio dessde empurra, empurra de responsabilidade está o cidadão que precisa de atendimento médico. Além da UPA, muitos tem relatado falta de atendimento ou demora também nos hospitais que tem a parte do Sistema Único de Saúde (SUS) contratados pela Prefeitura de Vitória da Conquista, o Hospital Unimec e o Hospital São Vicente. Além disso, a reclamação na demora para marcação de exames e também de atendimento médico nos postos de saúde não acabaram e continuam crescendo.
O que chama atenção é que as cobranças, divulgação de vídeos e “tom grosso” contra o Governo do Estado aumentou nos últimos meses. Os membros do governo Sheila Lemos e aliados alinharam o discurso contra o Governo do Estado. Tudo indica que o novo posicionamento seja uma estratégia política, uma vez que as eleições municipais de 2024 estão se aproximando. Anteriormente, apesar de vários problemas já existirem e que são de responsabilidade da Embasa, o “tom grosso” contra a empresa do Governo do Estado não era adotado pela gestão municipal.
O mesmo posicionamento foi observado na infraestrutura da cidade quando secretários municipais e a própria prefeita Sheila Lemos colocou a “culpa” dos buracos nas ruas da cidades na Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) que pertence ao Governo do Estado da Bahia. A situação gerou críticas da oposição que afirmou que a Prefeitura está “transferindo a responsabilidade”.