Nesta segunda-feira(14), o cenário político conquistense centrou suas discussões em torno das críticas aos super-salários pagos aos cargos comissionados de segundo escalão na prefeitura municipal. O jovem advogado Rafael Nunes foi o responsável pela elaboração do material, entregue à bancada de oposição na Câmara de Vereadores, que expõe a discrepância salarial.
Em entrevista ao Blog do Sena, Rafael avaliou que a gestão do prefeito Herzem Gusmão “conduz o erário público de forma irresponsável”. Ele aponta que o salário-base dos coordenadores municipais é R$ 4.500,00, mas há, na prefeitura de Conquista, pessoas que recebem certa de R$ 10.000,00.
“Encontramos cargos comissionados que recebem valores assustadores. Pessoas de uma família, um ganhando R$ 9 mil e o outro também. Isso é um atentando aos cofres públicos, empregar as pessoas para fazer a militância do atual governo”, disse.
Segundo o advogado, há cerca de 20 pessoas na prefeitura que recebem salários exorbitantes. “Inclusive identificamos que alguns eram funcionários da rádio onde o prefeito trabalhava, e hoje recebem super-salários”, apontou.
Ele criticou também os gastos com cargos comissionados em detrimento dos servidores efetivos, visto que o governo municipal não concedeu reajuste salarial aos servidores.
“O Governo abandona os professores, humilha os efetivos. E a sua prioridade é o grupo que na prefeitura eles chamam de G7. Nesse governo os comissionados são tratados de outra forma”, disparou.
Rafael citou ainda os gastos exorbitantes com a contratação de empresas de consultoria e aluguéis de imóveis. “Algumas delas [ as consultorias] que recebem dinheiro, entregam o serviço, mas não materialização benefício algum para a cidade”, exemplificou. “Os alugueis dos imóveis que o prefeito tanto condenou na condição de candidato e radialista, agora são gastos expressivos. Por exemplo, em José Gonçalves foi alugado um imóvel para a sub-prefeitura no valor de R$ 2 mil. Imóvel nenhum no Distrito seria essa valor para um particular”, completou.
Rafael Nunes é filho de José Wiliam, ex-vereador e ex-secretário da gestão Herzem. Ambos deixaram o Governo e aderiram à oposição alegando que o prefeito não cumpriu suas promessas de campanha. “Graças a Deus sou muito independente do ponto de vista político e econômico também. Nosso grupo saiu da gestão por opção, meu pai pediu exoneração por não aceitar o jeito de fazer política do prefeito”, esclareceu.
Confira entrevista completa: