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Projetos polêmicos e crise das chuvas, confira o balanço dos dois anos do governo da prefeita Sheila Lemos

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Há exatos dois anos Ana Sheila Lemos Andrade assumia a Prefeitura de Vitória da Conquista após a morte de Herzem Gusmão, vítima do Coronavírus. Foi a primeira vez que o município perdia um gestor durante o exercício do mandato e também a primeira vez que uma mulher assumia definitivamente o cargo mais alto do Executivo municipal.

Em entrevista dada logo após a posse definitiva, a prefeita afirmou que sentiu medo da responsabilidade que assumia. As expectativas em torno da gestão de Sheila eram grandes tanto entre os aliados quanto entre os adversários.

Logo no início, a gestora assumiu uma postura mais flexível e buscou dialogar com integrantes da oposição, entre eles deputados e até mesmo o então governador Rui Costa (PT). A postura mais aberta logo desagradou a ala herzista, que esperava de Sheila uma postura mais conservadora é semelhante ao ex-prefeito Herzem Gusmão.

Com ânimos acirrados, Sheila promoveu mudanças em cargos de todos os escalões para impor sua marca e realizar sua gestão.

Ao final de seu primeiro mandato, a prefeita gozava de uma aprovação de mais de 70% dos conquistenses. Em grande parte, devido ao furor de ser a primeira mulher à frente do Executivo Municipal.

Projetos

Logo no final do primeiro à frente da Prefeitura, a gestora já havia encaminhado para a Câmara de Vereadores dois projetos polêmicos. O primeiro visava a criação de 43 cargos comissionados.

A criação dos cargos provocou muita polêmica entre os vereadores de oposição e também dos procuradores concursados do município, uma vez que previa a criação de cargos comissionados para procuradores municipais.

Também no final do primeiro ano de mandato, a prefeita enviou para a Casa Legislativa um projeto que permitia ao município adquirir um Financimento internacional na ordem de mais de 400 milhões de reais. Na época, a gestora conseguiu a aprovação do projeto com votos tanto da oposição quanto da situação.

De longe, o projeto mais polêmico apresentado pela gestora foi a instituição da Taxa de Coleta de Resíduos Sólidos, ou, como ficou mais conhecida “Taxa de Lixo”. Uma liminar conseguida pelo vereador Andreson Ribeiro (PCdoB) chegou a conseguir barrar o trâmite do projeto, mas a Prefeitura conseguiu na Justiça derrubar a liminar e aprovar o projeto, que até hoje causa revolta na população.

Chuvas

No final dos dois primeiros anos de mandato, a prefeita enfrentou um problema grave que acometeu quase toda a região: os estragos provocados pelas fortes chuvas.

Com os temporais, várias estradas precisaram ser interditadas devido a deslizamentos de terra. Barragens romperam e várias regiões ficaram em estado de alerta para inundações. Muitas famílias precisaram sair de casa por conta dos alagamentos.

Na zona urbana, a buraqueira tomou conta de diversos pontos da cidade e muitas ruas ficaram intransitáveis, evidenciando o problema da falta de uma rede de drenagem e também da má qualidade do asfalto aplicado.

Próximos desafios

Mesmo diante dos desafios, a gestora conseguiu avançar em muitas frentes: como a reforma  e entrega de várias praças, escolas e do Estádio Murilão. Ainda assim, hoje o cenário já não é tão positivo quanto aquele do início de sua gestão, onde surfava em uma maré de aprovação.

No terceiro ano de seu mandato, Sheila já não tem mais a maioria na Câmara. A gestora vislumbra agora a dificuldade de aprovar um de seus projetos, que tem como objetivo a troca de terrenos com uma empreiteira.

Muitas das obras necessárias aguardam o empréstimo internacional para serem feitas: a exemplo dos asfaltamento de vários bairros e também da iluminação de muitos pontos da cidade.


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