Através de nota divulgada na manhã desta quinta-feira(25), o Sindicato do Magistério Municipal Público (SIMMP) relatou que professores foram agredidos verbalmente e fisicamente por apoiadores de Bolsonaro durante a inauguração do Aeroporto Glauber Rocha, realizada na última terça-feira (23). A solenidade de inauguração foi fechada ao público; mas houve uma grande concentração na entrada do aeroporto tanto de manifestantes contra o presidente, quanto a favor.
Segundo o SIMMP, os professores e professoras estevam no local para de realizar um ato pacífico e denunciar “o descaso do governo municipal com a educação”, devido ao reajuste zero à categoria e falta de transporte escolar e merenda.
A direção relata que a classe foi ” hostilizada com agressões verbais e empurrões” pelos apoiadores de Bolsonaro. Um das manifestantes conta que um grupo tentou expulsá-los dizendo os professores não deveriam estar ali, que não pertenciam àquele lugar.
“As diretoras do SIMMP estavam com chapéus de cangaceiro para representar o orgulho de serem nordestinas, no entanto, isso foi motivo de aumentar ainda mais as agressões. A presidente do sindicato, Ana Cristina Novais, foi chamada de “fedorenta”, entre outros insultos direcionados ao fato de ser nordestina. Parece que os que praticaram esse ato esqueceram-se do fato de estarem na Bahia, um dos maiores estados do Nordeste, em Vitória da Conquista, que apesar de ter uma temperatura diferente, faz parte do sertão! Então sim, somos todos nordestinos e sertanejos, inaugurando uma obra feita com dinheiro público! “, diz a nota.
Ana Cristina alega que foi agredida com “puxões de cabelo e tapas na cabela”. Ainda segundo informações do sindicato, o exército conduziu Ana Cristina para longe dos pró-Bolsonaro, acusando que seria melhor para a sua segurança, sugerindo que os demais manifestantes fizessem o mesmo. Logo após sair da inauguração, a presidente, junto à assessoria jurídica do SIMMP, se dirigiu até a Polícia Civil para registrar boletim de ocorrência.
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