As críticas de integrantes do governo de Sheila Lemos (União Brasil) para os governos anteriores do PT em Vitória da Conquista não agradaram o deputado federal Waldenor Pereira (PT). O parlamentar que é pré-candidato a prefeito de Vitória da Conquista classificou a situação como “lamentável”, em entrevista ao Blog do Sena nessa quarta-feira (20).
Nesta semana, a Prefeitura reconheceu problemas estruturais no posto de saúde do bairro Nova Cidade e o local foi interditado. No entanto, atribuiu os problemas registrado a construção do equipamento que foi realizada em 2015, na gestão do PT. Segundo a Prefeitura, a obra “apresentando vícios de construção (infiltrações, dilatações e fissuras)” Para Waldenor, a justificativa utilizada pelo Governo Municipal não faz sentindo.
“É lamentável. O poder público municipal assumiu condenando o posto de saúde construído em 2015, se não me engano, oito anos depois a Prefeitura tomou a decisão de interditar sob o argumento de que o prédio foi mal construído. Ora, como é que o posto está funcionando há sete, oito anos e agora é que eles foram descobrindo falhas no projeto de engenharia?”, questionou Pereira.
Segundo Waldenor, o Governo Municipal utiliza as críticas aos governos do PT, seja municipal, estadual ou federal, para não assumir a responsabilidade dos problemas que são encontrados pela população “Recentemente, eles adotaram essa estratégia de se desresponsabilizar de atribuições que são eminentemente municipais, para justificar a incompetência, para justificar a inoperância, para justificar a incapacidade que eles estão tendo de responder às inquietações da população de Vitória da Conquista”, disparou Waldenor.
Outras críticas, realizadas por integrante do governo de Sheila, estão sendo destinadas ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) e ao presidente Lula atribuindo os problemas enfrentados na saúde e da seca aos governo estadual e federal. Para Waldenor, as acusações são sem fundamento.
“O Governo Federal, o governo do presidente Lula, até o mês de novembro, já destinou a Vitória da Conquista 20 milhões a mais do que o ano de 2022. No entanto, segundo o poder público municipal, os problemas de saúde do município são de responsabilidade do governo federal. O Governo Municipal critica o Governo Estadual pela questão relacionada com a seca, limpeza de aguadas, instalação de sistemas, etc, etc, etc, quando na verdade o poder público municipal é a quem cabe, num primeiro momento, a responsabilidade por prover as populações rural do pacote de água, por prover ao ambiente rural da recuperação das estradas”, explicou Pereira.
O deputado federal ainda destacou o valor bilionário do orçamento anual de Vitória da Conquista. A Lei Orçamentária Anual (LOA) para o exercício de 2024 foi aprovada na última sexta-feira (15) pela Câmara de Vereadores. De acordo com o Projeto de Lei nº 25/2023, o orçamento estimado pela Prefeitura de Vitória da Conquista para o próximo ano é de R$ 1.887.137.608,55 – ou seja, mais de R$ 350 milhões a mais do que o valor de 2023. Para Waldenor, o município possui recursos suficientes para sanar os problemas que a população enfrenta.
“É lamentável que uma gestão que trabalha com um orçamento de R$1.500.000.000 em 2023, agora para 2024, o orçamento atinge quase R$1.900.000.00,00 não dispõe de recursos para responder às demandas da população no que diz respeito ao fornecimento de água, à limpeza de aguadas, à recuperação das estradas e à recuperação das ruas no perímetro urbano. E aponte a responsabilidade para o Governo Federal e o Governo Estadual”, disse Pereira.
Waldenor ainda afirmou que acredita que a população de Vitória da Conquista está ciente dos problemas que a cidade enfrenta. Segundo ele, os moradores sabem de quem é a responsabilidade e quem deve resolver. “A população conquistada é uma população politizada, é uma população progressista, é uma população que conhece muito da realidade do município e naturalmente não vai engolir esse tipo de argumento, que infelizmente são argumentos sem respaldo de conteúdo, de qualidade muito mais procurando justificar a incompetência, a dificuldade de gestão e administração municipal”, pontuou.