Através do decreto nº 19.479 , a prefeitura municipal de Vitória da Conquista determinou intervenção na Associação das Empresas do Sistema de Transporte Coletivo Urbano de Vitória da Conquista (Atuv), nomeando inclusive um interventor. A medida é uma manobra do poder executivo para manter a Cidade Verde operando o lote 1, visto que o decreto obriga a empresa a manter no Município todos os veículos e respectivos equipamentos de bilhetagem eletrônica, durante o período de transição na ATUV, cerca de 180 dias.
A intervenção sinaliza que o governo municipal não avançou nas negociações para atrair outras empresas de ônibus e tenta ganhar mais tempo. A Cidade Verde promete deixar de operar o lote 1, assumido de forma emergencial após a falência da Viação Vitória, no dia 31 de maio.
No decreto, a prefeitura alega que a intervenção tem como objetivo garantir
a continuidade do transporte coletivo na transição para inclusão de um novo operador no sistema e verificar possíveis irregularidades da Cidade Verde. No entanto, já é garantido o acesso do poder executivo a todos os dados da ATUV.
A gestão municipal também arcará com todos os gastos durante a intervenção, fato que irá gerar mais despesas aos cofres públicos. A crise do transporte público em Conquista já fez com que a prefeitura gastasse R$ 810 mil em contrato com a Novo Horizonte. A empresa operou durante o último mês 5 linhas deixadas pela Cidade Verde. O contrato com a Novo Horizonte acaba nesta segunda-feira(13). Ainda não há informações oficiais sobre a renovação do contrato ou contratação de uma nova empresa.