O Sindicato do Magistério Municipal Público (SIMMP) de Vitória da Conquista divulgou uma nota pública nesta sexta-feira (13) sobre o caso de abuso sexual a um garoto de 7 anos no Centro de Educação Paulo Freire, CAIC.
Na nota, o sindicato afirma que vem denunciando as péssimas condições das unidades de ensino do município desde 2017. Assim, considera o caso de assédio sexual uma tragédia anunciada.
As críticas à Prefeitura e à Secretaria Municipal de Educação (SMED) também se estendem a forma como o caso está sendo tratado. Na nota divulgada pela Prefeitura na quinta-feira (12), uma das medidas cogitadas é o afastamento de toda a equipe gestora da unidade escolar, o que o SIMMP classifica como uma forma de tentar achar um ‘bode expiatório’ para eximir os verdadeiros culpados, a gestão municipal e a SMED.
“Quando a PMVC diz que a criança está sendo acompanhada pelo Conselho Tutelar, ela comprova que não tem medidas preventivas, para evitar que outros casos como esse aconteçam. De fato, o caminho não é culpar gestores escolares, sem oferecer suporte técnico, pedagógico e administrativo. E, sim, construir medidas preventivas, que sempre perpassam por uma educação de qualidade, que é direto garantido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, Art. 53“.
A nota emitida pelo SIMMP termina com uma síntese principais denúncias feitas sobre os problemas que assolam a educação municipal. “As denúncias são das mais variadas e sempre se referem às faltas: de material de limpeza, de merenda, de pessoal de apoio, de vigilantes nos portões“.
Os problemas relatados pelo sindicato foram os mesmos expostos pelos pais de alunos e constatados pela imprensa enquanto cobria o protesto de hoje cedo na porta do CAIC. Contudo, quando posto a par de tais questões, o secretário municipal de Educação, Esmeraldino Correia, afirmou serem “acontecimentos isolados”.