Em entrevista ao Blog do Sena, o prefeito de Licínio de Almeida, Frederico Vasconcelos (PCdoB), falou sobre a morte da criança de 1 ano e 2 meses vítima de Covid-19, na última semana que comoveu a região sudoeste.
Allana Vitória era portadora de Anemia Falciforme -doença hereditária caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue- e testou positivo para Covid-19 no dia 9 de fevereiro. Ela chegou a ser internada no município e recebeu alta hospitalar, após apresentar boas condições clínicas.
A criança precisava ser internada em uma UTI. De acordo com o prefeito, a regulação de Allana saiu para a cidade de Itabuna e o seu falecimento aconteceu durante o percurso até o hospital. Ele lamentou.
“A gente solicitou a transferência dela na Central de regulação e conseguiu a vaga em Itabuna Infelizmente, no trajeto entre Licínio e o hospital onde foi liberada a vaga, a criança não resistiu e infelizmente veio a óbito”, disse.
A taxa de ocupação de leito de UTI segue em crescente alta e o gestor atribuiu isso ao comportamento da população que relaxou com as medidas de prevenção da Covid-19. E explicou que a situação de não encontrar leitos disponíveis na região é também uma realidade em todo país já que o número de leitos não acompanha a taxa de transmissão da doença.
“Quando a gente fala para a população, apela para poder ficar em casa, ajudar com as medidas de isolamento, higiene pessoal e usar máscara, é para poder não acontecer isso que aconteceu em Manaus e está preste a acontecer na nossa região. Que é a população precisar de uma vaga de UTI e muitos dos casos não achar porque realmente está tudo ocupada, apesar dos esforços que foram criados no aumento do número de leitos, de aluguel de hospital particular para os doentes com Covid-19. Então, esse número do aumento das vagas não acompanha o aumento da taxa de transmissão”, contou.
Sobre a autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para estados e municípios comprarem e distribuírem vacinas contra a Covid-19, Frederico Vasconcelos, que também é presidente do Consórcio Intermunicipal do Vale do Rio Gavião (Civalerg), disse que já está em conversa para ver a possibilidade da compra da vacina para os municípios que integram o consórcio.
“Sem dúvida nenhuma a gente foi um dos primeiros a manifestar interesse na compra da vacina no estado da Bahia, a gente sabe que o único tratamento eficaz precoce da Covid-19 é a imunização, é a vacinação, então a gente está aguardando uma explicação maior, um esclarecimento, uma devolutiva do Instituto Butantã, para a gente ver realmente questão de preço, ver qual é a disponibilidade e quando a gente teria acesso”, declarou.
