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Por eleições limpas em Feira e Conquista, Partido dos Trabalhadores aciona TRE e MP-BA

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Uma ação no Ministério Público Eleitoral para tentar coibir a prática de crimes eleitorais como boca de urna, abuso do poder político e econômico e captação ilícita de sufrágio no segundo turno das eleições em Vitória da Conquista e Feira de Santana foi ingressada pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Nestas cidades, o partido está na disputa pela prefeitura, nas eleições do segundo turno com os candidatos Zé Raimundo e Zé Neto, respectivamente. 

Áudios e demais documentos anexos à denúncia, no caso de Vitória da Conquista, revelam que o coordenador de Serviços Auxiliares da Prefeitura, orgão vinculado à Secretaria Municipal de Administração, formulou uma estratégia eleitoral para o segundo turno. Em determinado bairro da cidade, onde o candidato à reeleição obteve poucos votos, ele teria orientado colaboradores da Prefeitura a visitarem moradores com o intuito de alterar o resultado eleitoral. Pelo menos seis mil imóveis do bairro teriam sido regularizados pela Prefeitura, o que poderia ser utilizado como motivo para converter votos em benefício da atual gestão. 

Em Feira De Santana, o PT alega que teria havido distribuição irrestrita de 52 mil cestas básicas às vésperas da eleição sob a justificativa da suspensão das aulas. Na verdade, o que há é um calendário letivo, que foi suspenso em 18 de março de 2020 e a distribuição da cesta só a ocorreu no dia 22 de setembro de 2020.

O PT pede também, além de solicitar a abertura de Procedimento Preparatório Eleitoral ao Ministério Público, que a Polícia Federal seja acionada para investigar possíveis irregularidades cometidas no primeiro turno e impedir que possam voltar a novas práticas no segundo turno.

“Nossa expectativa é a de que os fatos trazidos sejam investigados e que as instituições consigam garantir a lisura do pleito” disse Luís Vinícius Aragão, advogado do PT Bahia.

Éden Valadares, presidente do PT Bahia, diz que a atuação firme do Ministério Público é fundamental para garantir que as eleições sejam disputadas em condições iguais, o que impediria o uso ilegal da máquina pública em benefício dos candidatos à reeleição.

“Os casos relatados são gravíssimos. Há uma tentativa de subverter a vontade popular que é por mudança nas duas cidades cidades, vontade essa que se confirmou no primeiro turno e nas pesquisas de opinião divulgadas. Queremos eleições livres e limpas”, argumenta.

Jornal A Tarde


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