A Polícia Federal prendeu a ativista Sara Winter e cumpre mandado de prisão de outras cinco pessoas investigadas por exercerem atos antidemocráticos, em Brasília, na manhã desta segunda-feira (15). A prisão foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Winter é chefe do grupo 300 do Brasil, de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e os outros que tiveram prisão autorizada pelo STF, também são ligados ao grupo. Segundo a investigação do caso, eles são suspeitos de organizar e captar recursos para atos antidemocráticos, e de crimes contra a Lei de Segurança Nacional.
O grupo 300 estava em ato no último sábado (13), quando manifestantes lançaram fogos de artifícios contra o prédio do STF. O mesmo grupo montou um acampamento em 1° de maio, que foi desmobilizado a pedido do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT), 13 dias depois. Na época, a denúncia do MP citou uma reportagem da BBC Brasil em que Sara Winter reconhece a existência de armas no ato.
A prisão ocorre dentro do inquérito que investiga o financiamento de protestos antidemocráticos e não tem relação com a investigação sobre a produção fake news. Ao G1, a defesa de Sara Winter disse “ainda não ter conhecimento sobre o motivo da prisão”.
Ao autorizar a abertura do inquérito, em abril, Moraes disse que “é imprescindível a verificação da existência de organizações e esquemas de financiamento de manifestações contra a Democracia e a divulgação em massa de mensagens atentatórias ao regime republicano, bem como as suas formas de gerenciamento, liderança, organização e propagação que visam lesar ou expor a perigo de lesão os Direitos Fundamentais, a independência dos Poderes instituídos e ao Estado Democrático de Direito, trazendo como consequência o nefasto manto do arbítrio e da ditadura”.
Nas redes sociais, o perfil do grupo 300 dos Brasil publicou a prisão.