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Piso salarial da enfermagem: Sinserv apoia profissionais de Vitória da Conquista que aderiram à greve nacional

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Profissionais da enfermagem de todo o Brasil se preparam para participar da greve geral que acontecerá na próxima quinta-feira (29). Antes da greve, haverá uma paralisação nacional no dia 28 de junho. A categoria reivindica o  pagamento imediato do Piso Salarial aprovado pela lei 14.434/2022.Enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem de Vitória da Conquista também aderiram a greve. A decisão foi tomada em assembleia realizada na última quinta-feira (22).

A direção do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Vitória da Conquista (SINSERV) participaram da reunião e já manifestaram total apoio à decisão. “O SINSERV, cumprindo seu papel de representante da categoria, apoia o movimento grevista local e estará, mais uma vez, à frente da luta pelo pagamento do piso nacional da enfermagem”, escrevam em nota para as redes sociais.

Segundo o Fórum Nacional de Enfermagem, os trabalhadores protestarão a Desconfiguração da Lei do Piso Salarial por parte do STF e ameaça à categoria com demissões.

Piso salarial: 

Em julho do ano passado, o Congresso Nacional aprovou uma mudança na Constituição para estabelecer uma remuneração mínima para o enfermeiro, o técnico de enfermagem, o auxiliar de enfermagem e a parteira, a ser seguida tanto pelo setor público quanto empresas privadas.Em agosto, o Poder Legislativo também aprovou a lei citada pela emenda constitucional, fixando o valor de R$ 4.750,00 para os enfermeiros — técnicos de enfermagem ganharão 70% deste valor; já auxiliares e parteiras terão o correspondente a 50% do piso.

Em setembro, o tema chegou ao Supremo. Relator da ação que questionou a medida, o ministro Barroso decidiu pela suspensão da norma até que fossem analisados os impactos financeiros das medidas para estados, municípios, órgãos do governo federal. A decisão individual foi posteriormente confirmada pela Corte. Em dezembro, uma nova emenda constitucional definiu que caberia à União, por meio de lei, prestar assistência financeira complementar aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios e às entidades  filantrópicas, para custear o piso.

Na última sexta-feira(23) o piso da Enfermagem retornou para o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Os ministros Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes votaram  para liberar o pagamento, mas com algumas condicionantes — entre elas, um mecanismo para custear o gasto no setor público com o benefício, caso seja necessário complementar o valor previsto inicialmente para cumprir a medida; que a União poderá abrir crédito suplementar usando como base as emendas parlamentares ao Orçamento destinadas a ações e serviços públicos de saúde, cobrindo, assim, eventuais impactos extras do Poder Público no pagamento da remuneração à categoria; e também propõe que o valor do piso deve ser proporcional nos casos de carga horária inferior a 8 horas por dia ou 44 horas semanais.

Já o  ministro Dias Toffoli votou pela regionalização do pagamento do Piso Enfermagem no setor privado. Para o magistrado, o repasse do dinheiro deve ser feito de maneira regionalizada, respeitando as regras de cada Estado. “Em relação aos profissionais celetistas em geral, a implementação do piso salarial deve ocorrer de forma regionalizada mediante negociação coletiva realizada nas diferentes bases territoriais e nas respectivas datas base, devendo prevalecer o negociado sobre o legislado, tendo em vista a preocupação com eventuais demissões e o caráter essencial do serviço de saúde”, afirma o ministro.

O tema voltará a ser analisado no plenário virtual até às 23h59 do dia 30 de junho. No entanto, caso haja novo pedido de vista ou de destaque, haverá uma nova suspensão.


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