A prefeita Sheila Lemos (UB) não gostou nada das afirmações que ele teria interferido nas eleições da mesa diretora da Câmara de Vereadores, ocorrida nesta quarta-feira (21). O vereador Hermínio Oliveira (Podemos) foi eleito o presidente da Casa no próximo biênio que vai de 2023 a 2024.
A eleição foi contra a chapa formada pela vereadora Márcia Viviane (PT), que obteve os 4 votos do partido, mas o da vereador Lúcia Rocha (MDB), que concorreu como vice-presidente. A chapa de Hermínio obteve 15 votos, saindo vitoriosa do pleito.
Assim que o resultado foi anunciado, a chapa derrotada afirmou que sua composição se deu porque a prefeita teria interferido para tirar a edil da composição da mesa diretora. A vereadora afirmou, em entrevista ao Blog do Sena, que “a candidatura foi fruto de uma reação contra o descumprimento de acordos pela chapa concorrente”.
O vereador Alexandre Xandó (PT) disse que a única exigência dos vereadores do partido era que a mesa tivesse uma representante mulher, o que teria sido acatado em um primeiro momento, mas mudado em seguida.
Sheila aparentemente não gostou nada da acusação e respondeu por meio de uma nota. A gestora chamou a acusação de “oportunista” e de uma “estratégia para desviar a atenção do insucesso na mencionada eleição”.
O texto diz ainda que a prefeita sempre estimulou a participação feminina nos espaços de poder e que, em nenhum momento, interferiu nas eleições da Câmara, por respeitar a independência entre os poderes.
A prefeita disse ainda que a acusação é leviana e visa atacar outra mulher, no caso ela mesma.
Confira a nota na íntegra:
Nota
Sobre as queixas dos vereadores de oposição, expressas, em especial, pela vereadora Viviane Sampaio (PT), de que teria havido interferência do Poder Executivo na eleição da Câmara Municipal de Vereadores, com o objetivo de impedir a vereadora de ter um cargo na Mesa Diretora, a prefeita Sheila Lemos considera lamentável a afirmação, além de leviana, e baseada em uma estratégia de desviar a atenção do seu insucesso na mencionada eleição.
Antes de tudo, é preciso dizer que a prefeita Sheila Lemos valoriza a participação feminina na política e nos espaços de poder e estimula para que isso ocorra cada vez mais.
Assim, vale enfatizar que, em nenhum momento, a prefeita de Vitória da Conquista se manifestou ou atuou no sentido de interferir na eleição da Mesa da Câmara, por absoluto respeito à independência e autonomia do Poder Legislativo.
É do conhecimento público que as articulações para a eleição da direção da Casa do Povo se dão internamente, a partir das movimentações entre os próprios vereadores e de suas relações políticas e pessoais no convívio com os pares.
Assim, a vereadora teve a mesma condição dos demais, infelizmente não logrando sucesso, não cabendo colocar a culpa em qualquer outra pessoa.
A tentativa de justificar o fracasso na eleição da Mesa, acusando levianamente a prefeita – também mulher – só confirma o discurso vazio, construído oportunisticamente em torno da causa feminina.
Em momento histórico algum neste município tal acusação foi feita aos prefeitos homens, talvez por ser mais fácil atacar uma mulher.
A luta pela participação feminina consiste em políticas públicas cotidianas e perenes, e não em aparições convenientes e sazonais!