A identificação de um parasita que infectou mais de 100 pessoas no Nordeste, sobretudo em Sergipe, já deixa em atenção a rede hospitalar de referência da Bahia para casos sugestivos relacionados à leishmaniose. O micro-organismo, identificado pela primeira vez há dez anos, provoca uma doença que atinge o baço, o fígado e causa feridas na pele, podendo provocar sangramentos em casos mais graves. Ele vem sendo estudado por pesquisadores de três universidades do país.
Para o pesquisador Roque Pacheco Almeida, da Universidade Federal de Sergipe (UFS), um dos responsáveis pela identificação do parasita em Sergipe, a proximidade geográfica do estado vizinho com a Bahia é indicada como uma premissa de observação, já que existe a possibilidade de que o micro-organismo possa se disseminar aqui.
Almeida chama a atenção para o trânsito de pacientes baianos no Hospital Universitário da UFS (HU), onde o parasita foi descoberto. Segundo ele, moradores da região norte da Bahia, principalmente de cidades como Olindina, Cipó e Inhambupe, costumam ser atendidos na unidade. Um caso suspeito da doença foi registrado e um paciente baiano, afirma ele.
A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) informou que não há registros, até o momento, de casos no estado. O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs) solicitou à rede hospitalar de referência ocorrências de entrada de casos sugestivos relacionados à leishmaniose. A pasta aguarda por uma resposta.