Não teve jeito. Apesar de todos os alertas contra o perigo de se instalar uma rotatória na BR 116 para o acesso ao novo aeroporto, prevaleceu mais uma vez o improviso. Somos bombardeados semanalmente por notícias que dão conta de acidentes nas estradas que circundam Vitória da Conquista, assim como, no próprio anel viário, mas, mesmo assim, resolveram construir uma rotatória que vai colocar em risco a vida das pessoas que precisam trafegar pelo local.

O que nos resta agora é cobrar pelo menos a prometida duplicação da BR 116, principalmente o trecho que passa por Vitória da Conquista e que a Via Bahia tem protelado sem demonstrar qualquer interesse para a realização da obra. A falta de cobrança política também colabora para essa situação se perpetuar. Entretanto, a nossa cidade integra uma região estratégica para o desenvolvimento do estado da Bahia e não há razão para tanto desinteresse por parte daqueles que nos governam.

Por exemplo, o governador Rui Costa insiste em construir um Centro de Convenções na capital baiana, mesmo diante da construção de um que já está em andamento pela prefeitura de Salvador. Por que não trazer esse importante equipamento para Vitória da Conquista? Por que não beneficiar a região sudoeste com um Centro de Convenções que vai fomentar a nossa cultura, economia e lazer? Por que apenas Salvador recebe os melhores investimentos do governo do Estado? Estaria Rui interessado em ser prefeito da capital?

Enfim, até quando vamos continuar perdendo? Até quando seremos reféns do improviso, da falta de vontade política e das gambiarras eleitoreiras? Conquista não pode ser derrotada pelo atraso político. Precisamos avançar. Temos a força de um povo que não se contenta com aquilo que é medíocre. A rotatória venceu ali. Continuaremos resistindo aqui.  

Ivan Cordeiro foi secretário de serviços públicos e de mobilidade urbana da prefeitura municipal de Vitória da Conquista.

Fonte: Blog do Ivan Cordeiro

O retorno, após o recesso junino, previsto para esta segunda-feira (08), não aconteceu para as escolas da zona rural. Motivo: falta de transporte escolar. As aulas nessas escolas só devem retornar entre os dias 22 e 29 de julho.

O Blog do Sena entrou em contato com o Sindicato do Magistério Municipal Público de Vitória da Conquista (SIMMP) que confirmou a informação: Cerca de 15 escolas nucleadas não tiveram aula, entre as localidades estão Capinal, Inhobim, Baté Pé e Santa Marta.

O retorno às aulas das escolas da zona rural foi adiado devido à falta de celeridade da Prefeitura para realizar a licitação do transporte escolar. A última licitação do serviço foi realizada em 2013. Mesmo sob avisos da necessidade de um novo processo licitatório, o atual Governo Municipal continuou fazendo as contratações apenas por contrato emergencial. Mas dessa vez, a Prefeitura foi advertida pelo Tribunal de Justiça que determinou o cancelamento de todos os contratos. Resultado: Alunos sem transportes, e consequentemente fora da escola.

SIMMP informou também que enviou ofício à Secretaria Municipal de Educação (SMED) solicitando o posicionamento oficial do Governo a respeito do adiamento do recesso, assim como ao Conselho Municipal de Educação, pois apenas este pode aprovar alterações no calendário letivo.

No último domingo (07), moradores da região da Prainha de Anagé, um conhecido ponto turístico da cidade, se cansaram de esperar por uma intervenção do governo municipal e decidiram se reunir e fazer por conta própria uma “operação tapa buracos” na estrada que dá acesso à Prainha. Segundo eles, o local foi esquecido pela atual gestão da prefeita Elen Zite.

A estrada, além de ser importante para o turismo local,  dando acesso à Prainha, que reúne centenas de pessoas em feriados, também é importante para a economia, uma vez que por essa estrada passam diariamente caminhões de carga e descarga, responsáveis por escoar os produtos da agricultura e psicultura, que Anagé exporta para outras regiões. Além de fábricas que existem às margens da estrada.

A estrada também é a via para diversos caminhões responsáveis pela chamada “Operação Pipa”, responsável por garantir o abastecimento de água para muitas famílias em períodos de seca na região.

Em maio deste ano, os Correios anunciaram que fechariam 161 agências em todo o país até o dia 5 de julho. Somente no estado da Bahia mais de 12 agências foram fechadas.

Em Vitória da Conquista, uma agência encerrou as atividades na última sexta-feira (05), contudo, a agência, localizada na Rua Santo Antônio, era a única da Zona Oeste da cidade, o que significa que a população dessa região ficará desassistida. Com o fechamento da agência, quem mora na Zona Oeste e precisar dos serviços dos Correios terá que se deslocar até a agência do Centro, localizada na Praça Joaquim Correia.

O fechamento das agências tem como objetivo enxugar a estrutura administrativa e enxugar os gastos. O presidente dos Correios, general Juarez Cunha, já afirmou que estão sendo feitos estudos para abrir o capital da estatal, o que seria uma possibilidade frente à possibilidade de privatização, defendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes e pelo presidente Jair Bolsonaro.

Um grave acidente foi registrado na BA-262, na chegada de Poções. Um carro de passeio estava na pista quando foi fechado por outro veículo, saindo na pista e indo parar no meio do mato. A mulher que estava no banco do carona foi arremessada para fora do veículo.

Ela chegou a ser socorrida, mas morreu em seguida. A mulher foi identificada como Iná Sá, dona da Pousada Sudoeste.

Ainda não se sabe o estado de saúde do condutor do veículo.

Neste domingo (7) foi realizado um atoem apoio à Yalorixá Rosilene Santana.  Mãe Rosa, como é conhecida, foi vítima recentemente de intolerância religiosa, racismo e homofobia. O ato, realizado em frente ao seu terreiro, no Vila América, contou com a presença representantes de outros terreiros, da OAB, Levante Popular da Juventude, do vereador Valdemir Dias (PT), entre outras lideranças políticas.

No último dia 30, Mãe Rosa relatou que sofreu agressões verbais e físicas de uma senhora e um pastor evangélico. O boletim de ocorrência foi registrado no Distrito Integrado De Segurança Pública (DISEP) de Vitória da Conquista. A defensoria pública está acompanhando o caso.

Durante o ato, Mãe Rosa se emocionou diversas vezes, e agradeceu todo o apoio dos movimentos sociais e mídia. “Essa violência e grande intolerância religiosa não acontece só comigo. Outros terreiros e pessoas de Conquista também passaram por isso. Dessa vez os Orixás me cutucaram e estou sendo a voz de todo nosso povo”, disse.

A presidente da Rede Caminho dos Búzios, Mãe Graça, também frisou que a discriminação e violência verbal e física aos que professam religiões de matrizes africanas tem aumentado. “A política de ódio contra a gente está muito grande. E não é mais apenas insultos falando que nossos orixás são coisas do demônio, estão partindo para destruição de terreiros, para incendiar nossas casas”, contou. “Estamos buscando a mobilização do nosso povo para cobrar das autoridades, do Estado para que tomem providencia em relação a isso. Somos religiosos também, temos nosso direito de culto e esse direito tem que ser respeitado”, completou.

O vereador Valdemir Dias também reforçou “que todas as religiões e crenças merecem respeito e proteção” e se comprometeu em solicitar uma audiência pública na Câmara Municipal para discutir e denunciar as práticas de intolerância religiosa. A equipe do vereador vem acompanhando e dando apoio jurídico ao caso de Mãe Rosa desde a denúncia ao Disep.