Lorrana morreu após comer um doce dado por uma desconhecida
A perícia feita no corpo da estudante Lorrana Madalena da Luz Manoel, 14, encontrou fragmentos de carbamato, mais conhecido como chumbinho, no estomâgo da menina. De acordo com o Extra, a informação consta no boletim de atendimento médico da unidade de saúde para onde a jovem foi levada na madrugada da última terça-feira (22).
A menina foi levada para a unidade de saúde apresentando sintomas de intoxição após ganhar e comer um doce dado por um estranho. Os médicos a submeteram a uma lavagem estomacal. Nesse procedimento, encontraram fragmentos do veneno que é usado para matar ratos. O laudo já está com a polícia.
Também na manhã desta sexta-feira, o delegado que investiga o caso, Vinícius Ferreira Domingos, disse que encaminhou a um instituto de criminalística amostras de sanduíches e molhos recolhidos na barraquinha de sanduíches da família de Lorrana para uma perícia. Os agentes querem saber se nos produtos há algum tipo de contaminação que pode ter causado a morte da menina.
Nesta manhã, os investigadores aguardam a presença de uma amiga da jovem para prestar esclarecimentos. Ela poderá esclarecer algumas dúvidas da Polícia Civil. Nenhuma linha de investigação está descartada. Trabalhamos com várias frentes de apuração. O que pode se dizer é que houve um envenenamento”, disse o delegado ao Extra.
Por volta das 11h15 o corpo de Lorrana Madalena da Luz Manoel, de 14 anos, chegou ao Cemitério Tanque do Anil, no bairro Parque Beira-Mar, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense para ser velado. Alguns parentes passaram mal durante o velório da menina. O sepultamento está previsto para as 14h30.
Ao chegar na capela onde a adolescente está sendo velada, a vendedora Gisele José da Luz, de 32 anos, mãe de Lorrana, se desesperou e gritou pedindo que a filha. “Pelo amor de Deus, levanta daí”, gritava a mulher que chegou a desmaiar no local.
A menina morreu na UPA do Jardim Íris, em São João do Meriti, na madrugada da última terça-feira, após chupar uma bala dentro de um trem da Supervia, segundo informou a vendedora Gisele José da Luz, de 32 anos, mãe de Lorrana.
Testemunha
Investigadores fazem diligências para intimar uma testemunha no caso da morte de Lorrana. Segundo a Polícia Civil, a pessoa poderá dar mais detalhes da vida da menina.
Os agentes querem saber a quantidade de veneno ministrado no corpo da adolescente e saber se ela foi envenenada por alguém ou se foi um acidente ao comer um lanche. “Queremos saber se ela foi envenenada ou se a substância tóxica caiu no lanche”, disse o delegado Vinícius Domingos.
Ao saber que a filha morreu por ingestão de veneno de rato, o autônomo Luciano da Silva Manoel, de 37 anos, ainda não entendia o que aconteceu com a filha mais velha. O homem só pediu investigação sobre as circunstâncias do envenenamento.
“Eu não tenho mais nada para falar. Agora, só quero saber quem deu isso para ela. Espero que a polícia dê uma explicação”, disse Luciano.
O pai contou que a polícia esteve no local do lanche da tia e na casa da estudante. “Queremos uma resposta. Como foi que ela ingeriu e quem deu. Agora, é deixar a polícia trabalhar e desvendar o que realmente aconteceu. Esse é um momento que ningúem quer passar”, disse o homem.
Segundo ele, era quase certo que a filha tinha sido morta por veneno de rato. “Pelo jeito que eu vi a minha filha, a questão do chumbinho era certa. Só esperávamos a confirmação da polícia”, lembra.
Fonte: Correio 24 horas