Preso acusado de matar a mulher grávida em Várzea Paulista (SP), Marcelo Augusto de Sousa Araújo confessou o crime à polícia e disse que matou a vítima durante uma relação sexual. Ele usou uma lâmina. A informação é do G1 Sorocaba e Jundiaí.
Depois de matar a maquiadora Francine Rigo dos Santos, em dezembro do ano passado, Marcelo ainda fez uma publicação na rede social dela, fingindo ser a mulher. Preocupado por não conseguir falar com Francine, com quem teve dois filhos, o ex-marido foi até a casa dela na véspera de Natal e arrombou a porta.
A casa tinha muito sangue. Francine já estava morta, com ferimentos no pescoço. Marcelo estava lá, com ferimentos nos pulsos e no pescoço, depois de uma tentativa de suicídio – ou tentativa de forjar que ambos teriam feito um pacto suicida. Socorrido à unidade Pronto Atendimento da cidade, ele foi levado à polícia depois.
Marcelo disse em depoimento que ele e Francine discutiram no dia 22 de dezembro sobre a ceia de Natal e a gravidez dela – na época do crime, alguns amigos disseram que o rapaz queria que a mulher abortasse. Na madrugada do dia 23, ele fez o post no Facebook dela se passando por Francine. A mensagem era desalentada e culpava as famílias dos dois por pressioná-los.
“Não aguento mais toda pressão psicológica que minha familia e a do ma fez contra nossa união não somos tao perfeitos mais sentimos algo ao nos casar que não sabemos explicar talvez o fato de sermos melhores amigos ajudou bastante nossa união”, dizia a mensagem.
Preso, ele contou várias versões até confessar. Disse que depois da discussão os dois foram para cama ter relações sexuais – nesse momento ele matou Francine.
O inquérito ainda guarda laudos para ser finalizado. Marcelo deve responder por feminicídio e ocultação de cadáver.
Casamento recente
Marcelo e Francine estavam casados há apenas 3 meses quando o crime aconteceu. Em setembro, quando houve a cerimônia, publicou uma foto e contou um pouco da história do casal. “Nossos destinos foram traçados na maternidade. Filho da melhor amiga de infância da minha mãe, crescemos juntos, estudamos juntos, meu vizinho amigo de portão e de ficar na rua, agora marido”, escreveu.
O ex-marido de Francine, com quem ela tinha uma filha de 3 anos e um menino de 1, foi quem arrombou a porta na véspera de Natal.
Na época do crime, um amigo da família disse ao Uol que alguns parentes realmente não aprovavam o relacionamento de Francine e Marcelo, mas disse que não havia sinais de que ela sofria violência doméstica.
“O casamento dela parecia ser tão perfeito. Acreditamos que tenha sido uma única briga, que resultou na morte dela. Porém, a mãe e os avós maternos não aceitavam o relacionamento deles. O porquê, não sabemos. Mas uma mãe sempre sente quando a outra pessoa não presta”, disse.