O padre Robson de Oliveira Pereira e outras 17 pessoas foram denunciados pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) por suspeita de integrarem uma organização criminosa criada com o intuito de obter vantagem. Conforme o órgão, o religioso seria o comandante do grupo e teria desviado dinheiro de uma associação para repassar a terceiros.
O MP acredita que a “organização criminosa empresarial que se utilizava de associações e empresas para realizar apropriações indébitas, falsidades ideológicas e lavagem de capitais em benefício próprio” desviava “recursos recolhidos em nome das associações de caráter religioso e com a finalidade declarada de construção de uma basílica e de realização de atos de caridade”.
O padre, que é responsável pelo Santuário Basílica de Trindade, em Goiás, negou outra vez as acusações e afirmou ao UOL que a denúncia “nada tem de novo” e que as acusações são “injustas”.
Ele é suspeito de desviar ao menos R$ 120 milhões de doações de fiéis à Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe). Em nota, a entidade disse que confia na Justiça para que o caso seja esclarecido.
“É importante salientar que a Associação Filhos do Pai Eterno é uma entidade civil sem fins lucrativos e com a missão de evangelizar. A Afipe não é investigada e nem denunciada”, acrescentou.