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Opinião: Perguntas para a Prefeitura e para o Secretário de Administração que fala pela saúde pública

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Por Isaac Bomfim

Nos últimos anos, vivemos em nossa cidade uma série de absurdos protagonizados pela gestão municipal do MDB e esses absurdos também permanecem acontecendo na gestão da prefeita em exercício que é do DEM, antigo PFL e que já foi Arena, partido da Ditadura Militar.

Ao instalar o Comitê Gestor de Crise para o combate à COVID19 no ano passado, o prefeito do MDB escalou para presidência do comitê o Secretário de Administração do seu governo, em vez da escolha óbvia que seria a Secretária de Saúde.

O que a população de Vitória da Conquista assistiu nos últimos 12 meses foi a politização da pandemia pela administração municipal e mesmo após um ano em que estivemos mergulhados na maior crise sanitária dos últimos 100 anos e em meio a um governo federal que não conseguiu apresentar um plano de ação coordenado com estados e municípios, a politização da crise parece ser o norte da Administração municipal.

Na participação do programa de rádio do Secretário de Comunicação, no qual o Secretário de Administração e presidente do Comitê Gestor de Crise concedeu entrevista, a população foi informada de que haveria a flexibilização das ações de combate ao coronavirus porque essas ações se mostraram ineficientes para o controle do contágio, ao mesmo tempo era noticiado pelos blogs da cidade que as UTIs do HGVC estavam lotadas e que o mesmo acontecia no Hospital São Vicente.

As ações, como o Lockdown aos finais de semana e o toque de recolher das 20h as 5h, foram construídas de comum acordo entre o Governador do Estado e a Prefeita municipal, no entanto, a Prefeitura não realizou uma única atividade de fiscalização nesse processo, restando à Polícia Militar o cumprimento do Decreto que estabelecia as diretrizes das ações que pretendiam diminuir o contágio.

Agora surgem algumas perguntas:

  1. Por que a prefeita não comunicou à População sobre flexibilização das medidas em um comunicado oficial e permitiu que o Secretário de Administração, que não tem competência para presidir um conselho que trata de saúde pública, fizesse isso em um programa de rádio do Secretário de Comunicação?
  2. Por que a Prefeitura Municipal não realizou atividades ostensivas de fiscalização do cumprimento do decreto?
  3. Qual a motivação de flexibilizar as medidas de combate ao vírus quando temos a maior ocupação de leitos desde o começo da pandemia?
  4. A quem a prefeita tem escutado? Às autoridades de saúde ou ao séquito de comerciantes que rodeiam a sua família?
  5. A administração municipal quer que o Governo do Estado faça o trabalho que lhe cabe e realize sem acordo mútuo o fechamento das atividades comerciais e, dessa forma, trazer para si o desgaste político?

A população merece que a Prefeitura tenha o comprometimento de comunicar quais são os reais motivos da flexibilização das medidas e que essa comunicação seja realizada por quem tenha a competência para fazê-la, no caso, a Prefeita ou a Secretária de Saúde, explicando ponto por ponto, item por item, quais serão os próximos passos do poder público municipal para o enfrentamento dessa terrível situação.

A eleição já passou, a gente só espera que a Prefeita tenha sensibilidade e respeito pelas 334 vítimas da cidade e que trabalhe diuturnamente para que não percamos mais nenhum conquistense para essa terrível doença. Cada vida importa, prefeita. #VacinaJa

Isaac Bomfim é Presidente do Partido dos Trabalhadores de Vitória da Conquista.

  • *A opinião do autor não reflete a opinião do Blog do Sena.

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