Após repercussão de fala da Organização Mundial da Saúde sobre transmissão “muito rara” de coronavírus por pessoas assintomáticas, a entidade negou hoje (9) ter dado qualquer sinal de que esteja defendendo reabertura mais rápida das economias ou que estudos tenham concluído que pacientes da Covid-19 que não tenham sofrido nenhum efeito da doença não repassem o vírus.
A declaração foi dada ontem, pela chefe da unidade de doenças emergentes da OMS, Maria Van Kerkhove. Ela afirmou que parece ser baixo o potencial de contágio de pessoas assintomáticas. Apesar disso, a agência explicou que não tem dúvidas de que esse grupo possa transmitir o coronavírus, só não se sabe ainda em que proporção.
Além disso, existem ainda as vítimas em estágio pré-sintomático, ou seja, que ainda vão sofrer os efeitos da doença e podem transmitir o vírus nesta fase, mas não há ainda como diferenciar.
Nesta manhã, o presidente Jair Bolsonaro tirou de contexto a notícia da fala de Kerkhove. Ele afirmou que “após pedirem desculpas pela Hidroxicloroquina, agora a OMS conclui que pacientes assintomáticos (a grande maioria) não têm potencial de infectar outras pessoas. Milhões ficaram trancados em casa, perderam seus empregos e afetaram negativamente a Economia”.