A ansiedade dos gestores acerca da audiência pública da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) nesta quinta-feira (08), se mostrou ainda mais forte na fala das autoridades presentes. Após Feira de Santana sediar a audiência, foi a vez de Vitória da Conquista receber a reunião para discutir a concessão da BR-116 e da BR-324, após a saída da VIABAHIA.
Várias autoridades se fizeram presentes na reunião, incluindo prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP). Pelo município passam trechos perigosos da BR-116, como a Serra do Mutum. “Nós temos dúvidas que são constantes, nós tivemos a BR-116 que foi largada. Tem trechos que eram para ser duplicados desde 2016 e até hoje não foi feito o serviço necessário”, relembrou.
O gestor disse se sentir preocupado com os prazos de intervenções apresentados pela ANTT. “Espero que a gente tenha um plano rápido. O que a gente viu nas outras audiências das outras cidades nos deixa preocupado. A ANTT fala em investimento daqui há três anos, a questão de Conquista investimentos acima daqui de oito anos, investimentos acima de dez anos. Então isso nos preocupa, o que é importante é que a gente discuta pautas rápidos. Se você sair do Paraguaçu pegando a 116, de manhã e à tarde você já tem engarrafamento constante. Se isso continuar, nós entraremos em colapso.Nós temos a Serra do Mutum que é um problema crônico. Se o governo federal não tiver um plano emergente rápido, nós perderemos quantas vidas a mais?”, questionou.
Zé Cocá demonstrou chateação ainda com a falta de convite para as audiências públicas da ANTT, principalmente pelo fato de Jequié ser um dos principais municípios do eixo Vitória da Conquista-Salvador. Ele disse ainda que todos os municípios margeados pela BR-116 precisaria ter feito parte das discussões.
“Nenhum município foi convidado para as audiências públicas. Então, de fato, a audiência pública é incerta, desordenada, desorganizada. Eu acho que tinha que acontecer essa parceria, essa discussão. Em todos os municípios, todos, e poderia ter criado os eixos, que seria Conquista, Feira e Salvador. Mas isso não seria dificuldade, mas a gente precisava ter convidado e ter discutido com todos os prefeitos que estão marginando a BR-116”, criticou.
