No dia 5 de maio deste mês, o Governo da Bahia baixou um decreto liberando a volta às aulas na modalidade semipresencial a partir do dia 26 de julho, próxima segunda-feira. No entanto, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado (APLB) da Bahia acusam a medida de ser unilateral e de representar uma ameaça sanitária para todo o estado.
Em entrevista ao programa Brasil Notícias, o diretor da APLB em Vitória da Conquista, professor Toni Alcântara, afirmou que os professores da rede estadual se recusam a aceitar o retorno às aulas nos termos propostos, em razão do cenário da pandemia, da alta taxa de ocupação de leitos de UTI e da falta de imunização para todos.
De acordo com o professor, os profissionais de educação consideraram o decreto antidemocrático, porque foi baixado sem nenhum diálogo com a categoria. “O governador da Bahia publicou um decreto, mas ele não dialogou com os trabalhadores da educação. Infelizmente, a postura de Rui Costa não condiz com a prática democrática”.
Ele também afirma que os agentes da educação não acataram a volta às aulas e decidiram por não retornar em assembleia do sindicato realizado na última sexta.
“97% dos professores de 18 seccionais da APLB votaram não para o retorno às aulas presenciais”, declarou.
Toni Alcântara também afirmou que os professores estão trabalhando mais do que o usual nas aulas remotas. “Estamos sedentos para voltar às salas de aula, mas a pandemia ainda não acabou. Algumas pessoas falam que os professores não estão trabalhando, que queremos ficar em casa e isso é uma inverdade. Os profissionais da educação estão trabalhando mais do que nunca no ensino remoto”, completou.